A primeira classificação biológica racional de que se tem co...
(História da Classificação Biológica. Nicolau, P. B. 2017.)
Em particular, dos estudos de classificação de Aristóteles resultaram os termos, ainda hoje utilizados, que são:
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A alternativa correta é a D - Substância; espécie; e, gênero.
Vamos entender o contexto da questão e os conhecimentos necessários para resolvê-la. A questão aborda a primeira classificação biológica racional, atribuída ao filósofo grego Aristóteles. Ele foi um dos primeiros a tentar organizar a diversidade dos seres vivos com base em suas observações e características. Sua classificação dividia os organismos em grandes grupos e utilizava termos fundamentais que ainda influenciam a biologia moderna.
Para resolver essa questão, é necessário conhecimento sobre a história da biologia e a evolução das classificações biológicas.
Alternativa D - Substância; espécie; e, gênero. é a correta porque Aristóteles utilizou esses termos ao desenvolver seu sistema de classificação. Ele empregou o conceito de substância para referir-se à essência de um organismo, espécie para caracterizar grupos com características semelhantes, e gênero para agrupar espécies com características mais amplas.
Vamos agora analisar as alternativas incorretas:
Alternativa A - Reino; ordem; e, espécie. está incorreta porque esses termos vêm de uma classificação posterior. O sistema de Linnaeus, desenvolvido no século XVIII, popularizou esses termos.
Alternativa B - Família; classe; e, gênero. também está incorreta pelos mesmos motivos. Família e classe são categorias taxonômicas introduzidas mais tarde, também por Linnaeus.
Alternativa C - Substância; ordem; e, gênero. é parcialmente correta porque inclui substância e gênero, mas ordem não era um termo utilizado por Aristóteles. Esse termo também apareceu com Linnaeus.
Espero que essa explicação tenha facilitado a compreensão do tema e da questão. Caso tenha mais dúvidas, estarei à disposição para ajudar!
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como assim?
Em particular, do estudos de classificação de Aristóteles resultaram os termos, ainda hoje utilizados, “substância”, “espécie” e “género” (Quadro II).
Quadro II. Classificação de Aristóteles
A classificação filosófica de Aristóteles pode ser explicada, de um modo sumário, da seguinte forma: a substância primária é o ser individual (ex. o António, o Pedro, etc.); a substância secundária é o atributo que carateriza um grupo de substâncias primárias (ex. atributo “homem”, no caso de António, Pedro, etc.) e não apenas um indivíduo isolado. Espécie é a substância secundária mais apropriada para designar os seus seres individuais. A caraterística mais abrangente que dois seres individuais, António e Pedro, partilham é o ser “homem”. Esta ideia postula, assim, uma identidade: “homem” é equivalente/igual a todos os seus indivíduos e apenas a esses indivíduos. Os membros de uma espécie diferem apenas em número, mas são de outro modo iguais entre si. O género é uma substância secundária, menos caraterística e mais lata do que espécie. Assim, por exemplo, o ser humano é um animal, mas nem todos os animais são seres humanos. O género, para Aristóteles, é uma categoria mais inclusiva (os géneros contêm espécies). No pensamento de Aristóteles não há estrutura hierárquica acima de género, e não existe um limite para o número de géneros. A substância secundária que distingue duas espécies, pertencentes ao mesmo género, é a diferença específica (“differentiae”): é o somatório das diferenças que é a definição. A definição é assim baseada na questão de “unidade”: a espécie é apenas uma, mas contém muitas “differentiae” (estas ideias estão patentes actualmente nos conceitos de espécie). Assim, por exemplo, o ser humano é definido como o somatório de diferenças específicas: uma substância “animada”, sensível e racional. A definição mais característica contem a espécie e a caraterística imediatamente mais geral do que espécie é o género: homem é um animal racional. As categorias são os géneros mais importantes, e são em número de dez: uma categoria de substância e nove categorias de “acidentes”, “universais que devem estar “na” substância. As substâncias existem por si próprias, os acidentes existem nas substâncias (e são por exemplo: quantidade, qualidade, etc.). Não existe a categoria superior “ser”, devido a uma questão que apenas foi solucionada por Tomás de Aquino, na Idade Média: a diferença específica não é característica do género. Se o ser humano é um animal racional, então a racionalidade não é uma propriedade dos animais. A substância não pode, portanto ser um tipo de ser pois não pode ter diferença específica que teria de ser um “não”-ser.
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