Levando-se em conta o último parágrafo do texto, pod...
A consolidação da tecnologia digital possibilitou a criação de um novo plano de relacionamento – entre pessoas, organizações, empresas, corporações, países, entidades supranacionais. Se isto permite avançar rapidamente em um sem-número de áreas, como informação, ciência, entretenimento, educação, etc., também tem seu lado preocupante. Pois as novas ferramentas também são usadas em ações à margem da lei.
Estão aí os ciberataques, obra de hackers individuais, grupos militantes e também de governos. As informações são de que seis países alcançaram nível tecnológico para promovê-los: EUA, China, Rússia, Israel, Reino Unido e França, aos quais se poderia juntar o Irã. (....) O primeiro ato da já chamada ciberguerra a se tornar mundialmente conhecido foi a infecção do programa de controle das centrífugas para enriquecimento do urânio do Irã pelo vírus Stuxnet, que danifcou instalações nucleares de Natanz, atrasou o início da produção da usina de Bushehr e retardou o progresso iraniano em direção à bomba atômica. O vírus foi supostamente desenvolvido a mando dos EUA e/ou Israel, diante dos sucessivos fracassos de iniciativas diplomáticas para convencer Teerã a paralisar o programa nuclear, uma ameaça à comunidade internacional.
A partir daí, o Irã acelerou a própria capacidade de realizar ataques cibernéticos. A última ofensiva teve como alvo os sistemas de controle de companhias de energia dos EUA, como de petróleo e gás e de eletricidade, mostrando que pode paralisar componentes cruciais da infraestrutura americana, com potencial de causar caos social. É só imaginar uma metrópole sem luz, força, gasolina e gás.
(...) A dimensão digital é o espaço da liberdade de expressão e da iniciativa individual ou coletiva, desde que não seja utilizada para ameaçar quem quer que seja. É algo a que o Brasil deve dar atenção, diante das dimensões de sua economia e, a curto prazo, dos múltiplos eventos de massa que aqui se realizarão.
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Para resolver a questão proposta, é essencial compreender que se trata de uma interpretação de texto. O foco está em identificar a função do último parágrafo em relação ao Brasil. Vamos analisar cada alternativa para entender por que a correta é a alternativa C.
Alternativa C - um alerta: O último parágrafo do texto destaca a importância de o Brasil prestar atenção à dimensão digital, especialmente considerando a relevância econômica e a realização de eventos de massa no país. A expressão "é algo a que o Brasil deve dar atenção" indica claramente uma preocupação com possíveis riscos, caracterizando um alerta. Essa é a resposta correta porque sinaliza uma necessidade de cautela e preparação.
Alternativa A - uma crítica: Não há elementos no texto que apontem para uma crítica direta ao Brasil. O parágrafo não julga ações passadas ou atuais do país, apenas sugere a necessidade de atenção futura.
Alternativa B - uma provocação: Uma provocação implicaria em uma atitude desafiadora ou sarcástica, o que não é o caso aqui. O tom do parágrafo é sério e responsável, sem ironia ou sarcasmo.
Alternativa D - uma ordem: O texto não usa linguagem imperativa ou mandatória. Não há instruções diretas ou mandatos, apenas uma sugestão de precaução.
Alternativa E - uma ironia: Ironia envolveria dizer o oposto do que se quer realmente significar, o que não ocorre no parágrafo. O texto é direto e não tem intenção de ser irônico.
Para abordar questões de interpretação de texto como esta, é importante:
- Identificar palavras-chave que indicam o tom e a intenção do autor, como "deve dar atenção" no parágrafo final.
- Analisar o contexto geral do texto, observando como os parágrafos anteriores conduzem ao último.
- Eliminar alternativas que não se alinham com o tom ou a intenção clara do texto.
Ao praticar essas estratégias, você se sentirá mais confiante ao interpretar textos em provas de concursos.
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