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Q1686779 Medicina

Um paciente de 39 anos de idade é vítima de acidente automobilístico (atropelamento por um caminhão). Imediatamente após ser socorrido pelo serviço de resgate, chega ao hospital com relato de cinemática grave do mecanismo do trauma. Durante exame físico, verifica-se a via aérea pérvia, e o paciente está conversando. Constatam-se assimetria torácica com identificação de tórax instável à direita, murmúrio abolido na ausculta pulmonar deste lado, FR = 34 irpm, SatO2 = 88% com oxigênio, máscara com reservatório a 10 L/min, com esforço ventilatório. Há os seguintes sinais de choque: extremidades frias e mal perfundidas, pulsos finos periféricos, pressão arterial média não invasiva = 40 mmHg e FC = 135 bpm. Identificam-se abdome com dor à palpação difusa, com sinais de irritação peritoneal e pelve estável. O exame de ultrassonografia realizada na sala de emergência (POCUS) evidencia líquido livre difuso intra-abdominal. Com Glasgow 12, o paciente apresnta pupilas isocóricas e fotorreagentes, está confuso e desorientado, tem hematoma no dorso, flanco e ferimento aberto no tórax à direita, sem fraturas em membros e sem outras alterações vistas no exame físico ou sinais vitais.


Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.


Pela pontuação da escala de coma de Glasgow, o paciente tem indicação de intubação orotraqueal imediata.

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Alternativa correta: E - errado

Vamos analisar o caso clínico apresentado. O paciente tem 39 anos e sofreu um trauma significativo devido a um atropelamento por caminhão, apresentando uma série de sinais de gravidade, como tórax instável, murmúrio vesicular abolido à direita, sinais de choque, entre outros.

Um ponto importante é a escala de coma de Glasgow, que é uma ferramenta amplamente utilizada para avaliar o nível de consciência de um paciente e, consequentemente, a gravidade de uma lesão cerebral. A escala varia de 3 a 15 pontos, sendo que pontuações mais baixas indicam pior prognóstico. No caso apresentado, o paciente tem uma pontuação de 12.

Uma pontuação de 12 na escala de Glasgow indica que o paciente ainda consegue manter um nível relativamente adequado de consciência. A indicação de intubação orotraqueal baseada apenas na escala de Glasgow geralmente é considerada quando a pontuação é ≤ 8, pois isso sugere comprometimento da proteção das vias aéreas e necessidade de assistência ventilatória imediata.

Portanto, pela pontuação da escala de coma de Glasgow não há indicação imediata de intubação orotraqueal com uma pontuação de 12, uma vez que o paciente ainda mantém um nível razoável de consciência. Outros fatores, como a necessidade de proteção das vias aéreas, ventilação inadequada e estado de choque, devem ser considerados para esta decisão.

Sendo assim, a afirmação de que o paciente tem indicação imediata de intubação está incorreta, justificando a escolha da alternativa E.

Espero que esta explicação tenha ajudado a esclarecer o raciocínio por trás da questão e a correta interpretação da escala de coma de Glasgow neste contexto. Se tiver dúvidas adicionais, sinta-se à vontade para perguntar!

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O texto está errado. Pela pontuação da escala de coma de Glasgow, o paciente não tem indicação de intubação orotraqueal imediata. A escala de coma de Glasgow avalia a resposta do paciente a estímulos verbais, motores e pupilares. Ela varia de 3 a 15 pontos, sendo que quanto menor a pontuação, pior é o estado de consciência do paciente. Neste caso, o paciente apresenta uma pontuação de 12, o que indica comprometimento moderado do estado de consciência. A intubação orotraqueal deve ser realizada apenas em casos de obstrução de vias aéreas ou insuficiência respiratória grave, o que não é o caso descrito no texto.

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