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Q1686780 Medicina

Um paciente de 39 anos de idade é vítima de acidente automobilístico (atropelamento por um caminhão). Imediatamente após ser socorrido pelo serviço de resgate, chega ao hospital com relato de cinemática grave do mecanismo do trauma. Durante exame físico, verifica-se a via aérea pérvia, e o paciente está conversando. Constatam-se assimetria torácica com identificação de tórax instável à direita, murmúrio abolido na ausculta pulmonar deste lado, FR = 34 irpm, SatO2 = 88% com oxigênio, máscara com reservatório a 10 L/min, com esforço ventilatório. Há os seguintes sinais de choque: extremidades frias e mal perfundidas, pulsos finos periféricos, pressão arterial média não invasiva = 40 mmHg e FC = 135 bpm. Identificam-se abdome com dor à palpação difusa, com sinais de irritação peritoneal e pelve estável. O exame de ultrassonografia realizada na sala de emergência (POCUS) evidencia líquido livre difuso intra-abdominal. Com Glasgow 12, o paciente apresnta pupilas isocóricas e fotorreagentes, está confuso e desorientado, tem hematoma no dorso, flanco e ferimento aberto no tórax à direita, sem fraturas em membros e sem outras alterações vistas no exame físico ou sinais vitais.


Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.


Esse paciente apresenta-se em choque grau 1.

Alternativas

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A alternativa correta para a questão apresentada é E - errado.

O tema central da questão é o choque hemorrágico, que faz parte da Medicina Intensiva e do atendimento ao trauma. Para resolver esta questão, é importante compreender os diferentes graus de choque e os sinais clínicos associados a cada um deles.

Justificativa para a alternativa correta (E - errado):

O enunciado descreve um paciente que sofreu um trauma grave, apresentando sinais de instabilidade hemodinâmica: ele tem extremidades frias, pulsos finos periféricos, pressão arterial média de 40 mmHg, frequência cardíaca de 135 bpm e confusão mental. Além disso, há líquido livre intra-abdominal identificado pela ultrassonografia, sugerindo possível hemorragia interna.

O choque grau 1 é caracterizado por uma perda de volume sanguíneo de até 15%, o que geralmente resulta em sinais muito leves como ansiedade leve, pressão arterial normal e débito urinário normal. Esse não é o quadro apresentado pelo paciente, pois ele mostra sinais de choque mais severo, provavelmente grau 3 ou 4, devido à hipotensão severa e taquicardia significativa.

Motivo pelo qual a alternativa "C - certo" está incorreta:

A descrição clínica no caso não corresponde a um choque grau 1 devido à severidade dos sinais vitais e sintomas apresentados. Em um paciente com choque grau 1, não esperaríamos encontrar uma pressão arterial média tão baixa ou o nível de desorientação observado. Isso indica um choque mais avançado, provavelmente associado a uma significativa perda de sangue, que requer intervenção imediata.

Assim, ao analisar as informações clínicas apresentadas, é evidente que a afirmação sobre o paciente estar em choque grau 1 está incorreta, justificando a escolha da alternativa "E - errado".

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Grau III

Errado

Justificativa: O paciente descrito no caso apresenta sinais de choque grave, como extremidades frias e mal perfundidas, pulsos finos periféricos, pressão arterial média de 40 mmHg, frequência cardíaca de 135 bpm, e confusão mental. Esses achados são indicativos de um choque hipovolêmico severo, possivelmente grau 3 ou 4, devido à presença de sinais claros de perfusão inadequada e comprometimento hemodinâmico significativo.

ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE CHOQUE:

  • Choque Grau 1: Frequência cardíaca normal ou levemente aumentada, sem hipotensão significativa e sem alterações significativas na perfusão periférica.
  • Choque Grau 3 ou 4: Hipotensão grave, taquicardia marcada, perfusão periférica inadequada, e sinais de comprometimento orgânico, como alteração do estado mental e pressão arterial extremamente baixa.

Em resumo: O paciente apresenta-se com sinais de choque grau 3 ou 4, não grau 1, devido à gravidade dos sintomas e dos achados clínicos descritos.

Pontos chave:

  • Sinais de choque grave incluem hipotensão grave, taquicardia, perfusão periférica inadequada e alteração do estado mental.
  • A correta classificação do grau de choque é essencial para o manejo adequado do paciente.

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