Julgue o item que se segue, relativo a aspectos linguísticos...
Texto CB1A1
O renomado linguista e filósofo Noam Chomsky e outros dois especialistas em linguística, Ian Roberts e Jeffrey Watumull, escreveram um artigo para o jornal The New York Times, em março de 2023, compartilhando sua visão sobre os avanços que vêm ocorrendo no campo da inteligência artificial (IA).
Para os intelectuais, os avanços “supostamente revolucionários” apresentados pelos desenvolvedores da IA são motivo “tanto para otimismo como para preocupação”.
No primeiro caso, porque as ferramentas de IA podem ser úteis para resolver certas problemáticas, ao passo que, no segundo, “tememos que a variedade mais popular e em voga da inteligência artificial (aprendizado automático) degrade nossa ciência e deprecie nossa ética ao incorporar à tecnologia uma concepção fundamentalmente errônea da linguagem e do conhecimento”.
Embora os linguistas reconheçam que as IA são eficazes na tarefa de armazenar imensas quantidades de informação, que não necessariamente são verídicas, elas não possuem uma “inteligência” como a das pessoas. “Por mais úteis que esses programas possam ser em alguns campos específicos (como na programação de computadores, por exemplo, ou na sugestão de rimas para versos rápidos), sabemos, pela ciência da língua e pela filosofia do conhecimento, que diferem profundamente do modo como os seres humanos raciocinam e utilizam a linguagem”, alertaram. “Essas diferenças impõem limitações significativas ao que podem fazer, que pode ser codificado com falhas inerradicáveis”.
Nesse sentido, os autores detalharam que, diferentemente de mecanismos de aplicativos como o ChatGPT, que operam com base na coleta de inúmeros dados, a mente humana pode funcionar com pequenas quantidades de informação, por meio das quais “não busca inferir correlações abruptas entre pontos (...), mas, sim, criar explicações”.
Nessa linha, manifestam que esses aplicativos não são realmente “inteligentes”, pois carecem de capacidade crítica. Embora possam descrever e prever “o que é”, “o que foi” e “o que será”, não são capazes de explicar “o que não é” e “o que não poderia ser”.
Internet: <ihu.unisinos.br> (com adaptações).
Julgue o item que se segue, relativo a aspectos linguísticos do texto CB1A1.
No segundo parágrafo, a expressão ‘tanto (...) como’ é empregada para ligar ideias por adição.
Comentários
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No trecho em questão, apesar de ser um possível pensamento, a expressão "tanto...como" não diz respeito a uma comparação, mas sim à adição, como sugere a afirmativa.
Não se faz presente nenhuma intenção de comparar os dois sentimentos, ou dizer que um é maior ou menor, mais importante ou menos relevante que o outro. Ambos estão sendo apresentados como igualmente válidos e coexistentes.
No trecho, expressão "tanto (...) como" é utilizada para ligar ideias por adição, destacando que os avanços da IA geram ambos os sentimentos (otimismo e preocupação).
Gabarito, portanto, correto.
CERTO
... os avanços “supostamente revolucionários” apresentados pelos desenvolvedores da IA são motivo “tanto para otimismo como para preocupação”.
- Embora o uso de 'como', isoladamente, possa funcionar como comparação ou causa, a sua aplicação junto a 'tanto' traz a ideia de Adição. Uso de tanto...como é o mesmo que não só... como também/mas também.
"tanto para otimismo como para preocupação"
Da uma noção se adição. O período nos permite adicionar um termo que daria pra matar a questão,por exemplo : "tanto para otimismo como também para preocupação"
CORRETO.
Expressões como "tanto... quanto", "tanto... como também" expressam ideia de adição.
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