Sob o aspecto conteudístico, dentre os FATORES apontados com...
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Ano: 2019
Banca:
CPCON
Órgão:
Prefeitura de Nova Floresta - PB
Provas:
CPCON - 2019 - Prefeitura de Nova Floresta - PB - Enfermeiro
|
CPCON - 2019 - Prefeitura de Nova Floresta - PB - Técnico em Enfermagem |
CPCON - 2019 - Prefeitura de Nova Floresta - PB - Psicólogo |
CPCON - 2019 - Prefeitura de Nova Floresta - PB - Médico - PSF |
Q1170983
Português
Texto associado
Após a leitura do artigo abaixo, extraído de Veja - 06/03/19, responda à questão:
AS UTIs ESTÃO NA UTI
Faltam vagas, médicos, recursos e medicamentos. O cenário dramático das unidades de terapia intensiva do país
faz com que os profissionais muitas vezes tenham de escolher a quem ceder o leito
A unidade de terapia intensiva é uma estrutura hospitalar caracterizada pela capacidade de atender pacientes em
estado grave ou potencialmente grave. Para cumprir sua missão, deve ser dotada de recursos humanos e técnicos
de excelência para minimizar o sofrimento das pessoas, aliviar e proporcionar conforto, e sobretudo promover a
cura. Com o aumento de expectativa de vida da população e a predominância de doenças crônicas como as
principais causas de mortalidade, a necessidade de leitos de UTI hoje é crescente no Brasil, à semelhança da
maioria dos países desenvolvidos. A questão é que o cenário da terapia intensiva está muitíssimo aquém das
necessidades da população – tanto em números quanto em quantidade.
Estudo recente do Conselho Federal de Medicina demonstrou que menos de 10% dos municípios brasileiros
oferecem esse tipo de leito pelo Sistema Único de Saúde (SUS): apenas 532 de 5570 municípios. De acordo
com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, o Brasil tem quase 45 000 leitos de UTI.
Desses, 49% estão disponíveis para o SUS e 51%, para instituições privadas ou de saúde suplementar. Também
chama a atenção a distribuição irregular dos leitos: a Região Sudeste concentra 53,4% do total. A Região Norte
tem apenas 5%. A falta de leitos e a baixa qualidade do atendimento em terapia intensiva são constatadas nos
dois sistemas de saúde, mas o cenário dramático é mais visível no SUS, pois os hospitais privados têm maior
disponibilidade de recursos humanos e tecnológicos, além de melhores instalações físicas.
O dia a dia de um intensivista no Brasil, em especial de um hospital público, é feito de desafios inimagináveis:
devemos escolher a quem ceder o leito (o paciente em estado mais grave entre milhares de outros em estado
grave); determinar quem é o paciente que deverá receber hemodiálise (pois não há hemodiálise para todos que
precisam dela); deixar de administrar o antibiótico adequado (por ele não estar acessível no hospital); ter de
utilizar o tratamento menos eficiente; deixar de caminhar com o paciente na UTI pois não há equipe de
fisioterapia; restringir a permanência da família ao lado do paciente (Não há infraestrutura para isso); não
possibilitar dignidade durante o processo de morte... São muitos nãos. Ao não dispormos de terapias intensivas
avançadas, não estamos cumprindo o artigo 196 da nossa constituição – a saúde é direito de todos e dever do
Estado – no momento mais difícil que uma família enfrenta [...]
Sob o aspecto conteudístico, dentre os FATORES apontados como responsáveis pelo quadro dramático das UTIs, citem-se:
I- A incompatibilidade entre a quantidade de leitos exigida nas UTIs e o número de atendimento de pessoas com doenças crônicas, necessitadas de acompanhamento intensivo. II- A disparidade na distribuição dos leitos seja na comparação entre o SUS e as instituições privadas, seja no interior de um mesmo sistema, considerando-se a disponibilidade de vagas por regiões do país. III- A insensibilidade dos médicos intensivistas no Brasil para administrar as diferentes situações com as quais se deparam na rotina dos hospitais públicos (da escolha a quem ceder o leito ao tratamento mais adequado).
De acordo com o texto, é CORRETO o que se afirma apenas em:
I- A incompatibilidade entre a quantidade de leitos exigida nas UTIs e o número de atendimento de pessoas com doenças crônicas, necessitadas de acompanhamento intensivo. II- A disparidade na distribuição dos leitos seja na comparação entre o SUS e as instituições privadas, seja no interior de um mesmo sistema, considerando-se a disponibilidade de vagas por regiões do país. III- A insensibilidade dos médicos intensivistas no Brasil para administrar as diferentes situações com as quais se deparam na rotina dos hospitais públicos (da escolha a quem ceder o leito ao tratamento mais adequado).
De acordo com o texto, é CORRETO o que se afirma apenas em: