A construção “ tirar ele com a mão”, presente no texto, é t...

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Q1785488 Português

    Se eu pudesse, hoje, varria, isto mesmo, varria as pessoas todas com vassouras, como se fossem cisco. Limpava o chão, passava pano molhado para refrescar, ia chorar e dormir. Meu coração agora faz diferença nenhuma de coração de galinha ou barata que galinha come. Não tem amor nele, nem de mãe, nem de esposa, nem de nada. Tá seco, raivoso e antipático, quer é sossego, quer é lembrar o morto horas a fio, espernear em cima de vida tão sem graça e cinzenta. Gosto de ir até no fundo da cisterna e revirar o lodo, tirar ele com a mão, me emporcalhar bastante, só pra depois ver água minando clarinha de novo. Gosto da cesta sobre a mesa com mamões e bananas, gosto de lavar o filtro todo o sábado, encher as talhas com água nova, gosto. Gosto, mas exaspero-me esquecida dos dons, e parto, como hoje, o pão sem reparti-lo.


(PRADO, Adélia. Solte os cachorros. Rio de Janeiro/São Paulo.

Editora Record, 2006. p.71)

A construção “ tirar ele com a mão”, presente no texto, é típica do registro oral. Quanto à observação de sua estrutura e de sua análise morfossintática, é correto afirmar que:
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