Julgue o item a seguir.Jânio Quadros e João Goulart foram do...

Comentário do Gabarito:

É importante destacar que a afirmação no item em questão contém incorreções no que diz respeito ao período em que João Goulart esteve no poder e as circunstâncias de sua saída. João Goulart, também conhecido como Jango, foi presidente do Brasil de 1961 até o golpe militar de 1964, e não apenas em 1961, como mencionado. Ademais, ele não renunciou ao cargo, mas foi deposto por um golpe militar. A menção ao termo "forças terríveis" não se alinha com a realidade histórica, pois Jango tentou resistir ao golpe antes de ser deposto e exilado.

Os conceitos errados no item são:

• Mandato de João Goulart: 1961 a 1964, e não somente 1961.
• Modo de saída do poder: Deposto pelo golpe militar, não renúncia.

Com isso, a resposta correta para o item é "E - Errado", tendo em vista os erros históricos apresentados na afirmação.

Foi Jânio Quadros que renunciou com pouco tempo de mandato alegando "forças terríveis". Após, assume seu vice João Goulart com muita discussão à época.

ERRADO.

Há um equívoco na informação sobre o mandato de João Goulart. João Goulart, conhecido como Jango, foi Vice-Presidente do Brasil durante o mandato de Jânio Quadros, de 1961 a 1961. Quando Jânio Quadros renunciou em agosto de 1961, João Goulart assumiu a presidência como sucessor constitucional.

João Goulart exerceu a presidência de 1961 a 1964. Seu governo foi marcado por uma série de reformas e políticas progressistas, o que gerou resistência de setores conservadores e militares. Em 1964, um golpe militar depôs João Goulart, instaurando um regime militar no Brasil que perdurou por duas décadas.

Portanto, João Goulart não renunciou em 1961; ele assumiu a presidência após a renúncia de Jânio Quadros e foi deposto em 1964.

O mais curto dos mandatos de presidente foi de Jânio Quadros - varre, varre, varre, vassourinha....

A carta renúncia de  foi divulgada no dia 25 de agosto de 1961.

"Fui vencido pela reação e assim deixo o governo. Nestes sete meses cumpri o meu dever. Tenho-o cumprido dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções, nem rancores. Mas baldaram-se os meus esforços para conduzir esta nação, que pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, a única que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo.

"Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou de indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração.

"Se permanecesse, não manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo que não manteria a própria paz pública.

"Encerro, assim, com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes, para os operários, para a grande família do Brasil, esta página da minha vida e da vida nacional. A mim não falta a coragem da renúncia.

"Saio com um agradecimento e um apelo. O agradecimento é aos companheiros que comigo lutaram e me sustentaram dentro e fora do governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exemplar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade. O apelo é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e da estima de cada um dos meus patrícios, para todos e de todos para cada um.

"Somente assim seremos dignos deste país e do mundo. Somente assim seremos dignos de nossa herança e da nossa predestinação cristã. Retorno agora ao meu trabalho de advogado e professor. Trabalharemos todos. Há muitas formas de servir nossa pátria."

Brasília, 25 de agosto de 1961.

Jânio Quadros"