Quanto à colocação pronominal em: “Mas quando existe não se...

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Q2039310 Português
AFINIDADE

Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem a todo e qualquer tempo. A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.
É o mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
Quando realmente há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação no exato ponto em que foi interrompido.
Retoma também o diálogo, a conversa, o afeto.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial.
É muito raro ter afinidade.
Mas quando existe não se precisa de códigos verbais para se expressar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavras.
Afinidade é jamais "sentir por".
Quem "sente por", confunde afinidade com masoquismo,
mas quem "sente com", avalia sem se contaminar.
(...)
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas.
Afinidade é retornar à relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas oportunidades dadas ou tiradas pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.

Do livro: "Alguém que já não fui" Artur da Távola, pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros - Adaptado

Fonte: https://www.contandohistorias.com.br/cgi-bin/ch.cgi
Quanto à colocação pronominal em: “Mas quando existe não se precisa de códigos verbais para se expressar” podese afirmar que:
Alternativas

Comentários

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GABARITO: D

o pronome está na posição proclítica, pois há palavra atrativa (não).

O não é palavra atrativa, sendo assim, a próclise será obrigatória .

E é próclise, porque a colocação pronominal ocorre antes do verbo .

Gab: D

próclise pala[mesóclise]vraênclise

  • Casos obrigatórios para haver próclise:
  • Palavras negativas
  • frases exclamativas
  • frases interrogativas
  • advérbio
  • pronome relativo (que/quanto/cujo...)
  • pronome demonstrativo (isso, isto, esse, este, aquele, aquilo...)
  • pronome indefinido (muito/pouco/tudo...)
  • pronome interrogativo

Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem o pronome:

1. Palavras que expressam negação tais como “não, ninguém, nunca”:

  • Não o quero aqui.
  • Nunca o vi assim.

2. Pronomes relativos (que, quem, quando...), indefinidos (alguém, ninguém, tudo…) e demonstrativos (este, esse, isto…):

  • Foi ela que o fez.
  • Alguns lhes deram maus conselhos.
  • Isso me lembra algo.

3. Advérbios ou locuções adverbiais:

  • Ontem me disseram que havia greve hoje.
  • Às vezes nos deixa falando sozinhos.

4. Palavras que expressam desejo e também orações exclamativas:

  • Oxalá me dês a boa notícia.
  • Deus nos dê forças.

5. Conjunções subordinativas:

  • Embora se sentisse melhor, saiu.
  • Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.

6. Palavras interrogativas no início das orações:

  • Quando te deram a notícia?
  • Quem te presenteou?

Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Isso acontece com verbos do futuro do presente ou do futuro do pretérito, a não ser que haja palavras que atraiam a próclise:

  • Orgulhar-me-ei dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do presente: orgulharei)
  • Orgulhar-me-ia dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do pretérito: orgulharia)

Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem esse tipo de colocação pronominal:

1. Verbos no imperativo afirmativo:

  • Depois de terminar, chamem-nos.
  • Para começar, joguem-lhes a bola!

2. Verbos no infinitivo impessoal:

  • Gostaria de pentear-te a minha maneira.
  • O seu maior sonho é casar-se.

3. Verbos no início das orações:

  • Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo.
  • Surpreendi-me com o café da manhã.

Nos exemplos acima existe apenas um verbo atraindo o pronome.

Agora, vejamos como ocorre a colocação do pronome nas locuções verbais. Lembrando que as regras citadas para os verbos na forma simples devem ser seguidas.

1. Usa-se a ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal nas locuções verbais em que o verbo principal esteja no infinitivo ou no gerúndio:

  • Devo-lhe explicar o que se passou. (ênclise depois do verbo auxiliar, “devo”)
  • Devo explicar-te o que se passou. (ênclise depois do verbo principal, “explicar”)

2. Caso não haja palavra que atraia a próclise, usa-se a ênclise depois do verbo auxiliar em que o verbo principal esteja no particípio:

  • Foi-lhe explicado como deveria agir. (ênclise depois do verbo auxiliar, “foi”, uma vez que o verbo principal “explicar” está no particípio, “explicado”)
  • Tinha-lhe feito as vontades se não tivesse sido malcriado. (ênclise depois do verbo auxiliar, “tinha”, uma vez que o verbo principal “fazer” está no particípio, “feito”)

#PMERJ/23 mais uma pra conta em nome de Jesus

Uma das regras da próclise:

Termo NEGATIVO atrai o pronome.

Outro exemplo:

Você nem o amou.

Ele jamais lhe disse a verdade.

Os políticos nunca nos ouvem.

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