Assinale a alternativa que reproduz um trecho que serve co...
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Ano: 2014
Banca:
FUNRIO
Órgão:
IF-PI
Provas:
FUNRIO - 2014 - IF-PI - Administração
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FUNRIO - 2014 - IF-PI - Secretário Executivo |
FUNRIO - 2014 - IF-PI - Contador |
FUNRIO - 2014 - IF-PI - Enfermeiro |
FUNRIO - 2014 - IF-PI - Arquivista |
FUNRIO - 2014 - IF-PI - Pedagogo |
FUNRIO - 2014 - IF-PI - Analista de Tecnologia da Informação |
FUNRIO - 2014 - IF-PI - Técnico em Assuntos Educacionais |
FUNRIO - 2014 - IF-PI - Psicólogo |
FUNRIO - 2014 - IF-PI - Revisor de Textos |
Q393854
Português
Texto associado
A questão tomará por base o seguinte texto, que inicia o romance Palha de Arroz:
Ruas quietas dentro duma tarde cinzenta de janeiro. Quase nada de movimento por aqueles becos estreitos e sujos entre casas pobres. O sol assim como se enferrujado. Quase mesmo que querendo se apagar de todo. Era assim uma coisa como se o próprio tempo estivesse de propósito para abafar o movimento daquelas vivalmas que por ali labutavam e faziam outras coisas. Palha de Arroz não era bairro, nem de longe, propenso a tamanha tranquilidade. Já a tarde ia-se findando. E não aparecia um vivente para fechar o ponto do dia, ou mesmo abrir o programa da noite que já vinha vindo bem perto. Tudo silente. Tudo parado que nem água de poço.
Às portas dos armazéns, estivadores trabalhavam dando os últimos pospontos em sacos de oiticica, cera de carnaúba, babaçu. Já outros batiam e dobravam peles e espichados. Foi quando Parente, terminando sua tarefa, saiu assim rumo à ribanceira do rio. Jogou os panos fora e caiu n'água para derreter, mesmo sem sabão, ao menos a metade do grude. Alguns carroceiros, que davam jantar aos burros, atiraram-lhe pilhérias pesadas. Logo Parente lhes deu notícias das mães. Ninguém, entretanto, ao menos de leve se queimou. Qualquer um já bem sabia quem era aquele safado. Já ia para coisa de dez anos que morava na Barrinha. (...)
Já ia pardejando. Genoveva passou rebolando as ancas dentro duma saia de chita, subindo a rampa do cais. Toda imponente, empinada. Dengosa de faceira! Só que com o pescoço duro e meio torto, para a lata d'água não vomitar golfadas em seu corpo.
(Fontes Ibiapina: Palha de Arroz. Teresina: Corisco, 2002, p. 11-2)
Ruas quietas dentro duma tarde cinzenta de janeiro. Quase nada de movimento por aqueles becos estreitos e sujos entre casas pobres. O sol assim como se enferrujado. Quase mesmo que querendo se apagar de todo. Era assim uma coisa como se o próprio tempo estivesse de propósito para abafar o movimento daquelas vivalmas que por ali labutavam e faziam outras coisas. Palha de Arroz não era bairro, nem de longe, propenso a tamanha tranquilidade. Já a tarde ia-se findando. E não aparecia um vivente para fechar o ponto do dia, ou mesmo abrir o programa da noite que já vinha vindo bem perto. Tudo silente. Tudo parado que nem água de poço.
Às portas dos armazéns, estivadores trabalhavam dando os últimos pospontos em sacos de oiticica, cera de carnaúba, babaçu. Já outros batiam e dobravam peles e espichados. Foi quando Parente, terminando sua tarefa, saiu assim rumo à ribanceira do rio. Jogou os panos fora e caiu n'água para derreter, mesmo sem sabão, ao menos a metade do grude. Alguns carroceiros, que davam jantar aos burros, atiraram-lhe pilhérias pesadas. Logo Parente lhes deu notícias das mães. Ninguém, entretanto, ao menos de leve se queimou. Qualquer um já bem sabia quem era aquele safado. Já ia para coisa de dez anos que morava na Barrinha. (...)
Já ia pardejando. Genoveva passou rebolando as ancas dentro duma saia de chita, subindo a rampa do cais. Toda imponente, empinada. Dengosa de faceira! Só que com o pescoço duro e meio torto, para a lata d'água não vomitar golfadas em seu corpo.
(Fontes Ibiapina: Palha de Arroz. Teresina: Corisco, 2002, p. 11-2)
Assinale a alternativa que reproduz um trecho que serve como exemplo de variante linguística popular.