Leia o texto 'ESGOTAMENTO MENTAL' e, em seguida, analise as...
ESGOTAMENTO MENTAL
Para uma enormidade de profissionais, fazer home office é praticamente sinônimo de passar horas e horas em calls, termo que popularizou as videoconferências. Não é à toa que o Zoom, aplicativo de reuniões e conversas on-line usando voz e vídeo, explodiu durante a pandemia de Covid-19.
Em tempos de trabalho remoto, usar a videoconferência se tornou essencial, e, algumas vezes, até passa dos limites. Os contatos estão cada vez mais virtualizados e estão cobrando um preço alto do nosso cérebro: um novo tipo de esgotamento mental, já batizado de "Zoom fatigue" — termo que pegou emprestado o nome do app Zoom para ilustrar bem como fica nosso cérebro convivendo com tanta videoconferência.
Ficar encarando rostos nas telas por longos e longos períodos é exaustivo. E isso tem uma explicação psicológica: as pessoas, enquanto conversam virtualmente, estão completamente desprovidas de algo importantíssimo no dia a dia dentro dos padrões de normalidade: a linguagem corporal. As pistas que nosso corpo dá, ainda que não sejam nada verbais, fazem parte de uma fluidez natural da comunicação entre os seres humanos. E sem elas, a conversa fica mais engessada e exige mais energia dos participantes.
Segundo alguns psicólogos, o corpo demanda descanso, relaxamento para se manter saudável. A exaustão reverbera no corpo de forma nociva, e é possível percebê-la na expressão corporal, na respiração, no olhar disperso... a exaustão altera o apetite e até mesmo causa insônia. Nas vídeoconferências, além da conversa engessada, tem a questão da falta de socialização pessoal, da troca de um abraço, de uma brincadeira que é comum acontecer durante as conversas pessoais ou reuniões. Isso, de uma certa forma, alivia o peso das responsabilidades e é muito necessário para nós, seres humanos.
A nossa postura, a maneira como gesticulamos, o tom das nossas vozes e até mesmo nossas manias enquanto trocamos ideia ou nos reunimos fisicamente com alguém, seja essa pessoa um executivo, um colega de trabalho ou um cliente, faz toda a diferença na comunicação. E tudo isso acontece de maneira muito natural, de forma que nosso cérebro não se desgasta. No mundo virtual, como ficamos mais atentos a tudo que estamos falando e fazendo diante da câmera, gastamos uma boa quantidade de energia para monitorar isso. E é exatamente esse gasto que nos deixa tão cansados no fim do dia.
Por Luciana Zaramela, em 2020 (disponível em:
https://bit.ly/2CzxKRZ). Com adaptações.
Leia o texto 'ESGOTAMENTO MENTAL' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. Nas videoconferências, além da conversa engessada, há a questão da falta de socialização pessoal, da troca de um abraço, de uma brincadeira, que é comum acontecer durante as conversas pessoais ou reuniões, de acordo com as informações apresentadas ao leitor no texto.
II. O baixo contato visual, a falta de empatia e o excesso de formalismo na linguagem verbal são características importantíssimas no dia a dia dentro dos padrões de normalidade da linguagem corporal e contribuem para a redução da fadiga nas reuniões digitais, de acordo com as informações da autora do texto.
III. O texto apresenta ao leitor o conceito de um novo tipo de esgotamento mental, batizado de "Zoom fatigue" — termo que pegou emprestado o nome do app Zoom para ilustrar bem como fica nosso cérebro convivendo com tanta videoconferência.
Marque a alternativa CORRETA: