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Ano: 2020 Banca: IADES Órgão: SES-DF Prova: IADES - 2020 - SES-DF - Grupo 003 |
Q1673951 Medicina
Uma paciente de 30 anos de idade compareceu ao ambulatório de clínica médica em razão de dor na região pélvica, que começou há 10 meses. Segundo ela, a dor é tipo uma cólica, irradiando para a região lombar bilateralmente. A dor piora bastante durante a relação sexual, e isso tem prejudicado seu relacionamento com o marido. Outro fator de piora é o ciclo menstrual, que é de 30 dias com intenso fluxo e presença de coágulos. O início dos sintomas foi logo após a perda do trabalho por causa da pandemia de Covid-19. Sedentária em função da obrigatoriedade do isolamento social, tem feito uso de laxantes, de forma mais habitual, para melhorar a obstipação intestinal. Nega comorbidades, disúria, febre ou outras queixas.O exame físico geral antes das mudanças. Verificaram-se PA = 120 mmHg x 80 mmHg, FC = 90 bpm, FR = 18 irpm e SatO2 = 99% AA. O exame abdominal apresenta cicatriz cirúrgica de apendicectomia na infância, bem como abdome plano com dor à palpação profunda de fossas ilíacas, sem massas palpáveis, sem circulação colateral e sem sinal de irritação peritoneal. O exame ginecológico chama a atenção apenas para regiões anexiais dolorosas bilateralmente. Um paciente apresentada previamente ecografia de abdome, com resultado normal. 

Considerando esse caso clínico os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir.


Pode-se tratar empiricamente antes de realizar laparoscopia diagnóstica.

Alternativas

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Para resolver a questão apresentada, precisamos analisar o quadro clínico detalhado no texto de apoio e usar nossos conhecimentos médicos, especialmente em ginecologia e gastroenterologia.

A questão refere-se a uma paciente com dor pélvica crônica, que se manifesta há 10 meses, com dor que piora durante a menstruação e a relação sexual. Esses são sintomas clássicos de endometriose, uma condição na qual o tecido semelhante ao revestimento do útero cresce fora do útero.

Alternativa Correta: C - certo

A possibilidade de tratar empiricamente antes de realizar uma laparoscopia diagnóstica é aceitável em casos de suspeita de endometriose, especialmente quando o quadro clínico é sugestivo, como neste caso. A laparoscopia é o padrão-ouro para o diagnóstico, mas o tratamento empírico com medicamentos, como anticoncepcionais combinados ou análogos de GnRH, pode ser iniciado para aliviar os sintomas da paciente, enquanto o diagnóstico definitivo é estabelecido.

Justificativa: A decisão de tratar empiricamente antes da laparoscopia pode ser baseada na intenção de proporcionar alívio sintomático imediato para a paciente, considerando a cronicidade dos sintomas e o impacto na qualidade de vida.

Alternativa Incorreta: E - errado

Se a alternativa fosse "errado", implicaria que a laparoscopia diagnóstica deveria ser feita antes de qualquer tratamento. No entanto, na prática clínica, especialmente em casos onde os sintomas são altamente sugestivos de endometriose e a paciente está sofrendo significativamente, iniciar o tratamento empírico pode ser justificado.

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Comentários

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A afirmação "Pode-se tratar empiricamente antes de realizar laparoscopia diagnóstica" está correta. A paciente apresenta sintomas consistentes com endometriose, uma condição ginecológica caracterizada pelo crescimento de tecido semelhante ao do endométrio fora do útero. Os sintomas incluem dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual e menstruação irregular com intenso fluxo e coágulos. Embora a laparoscopia seja o padrão-ouro para diagnóstico de endometriose, o tratamento empírico com terapias hormonais (por exemplo, anticoncepcionais orais, agonistas do GnRH, etc.) pode ser iniciado com base apenas nos sintomas clínicos, especialmente quando a paciente expressa preferência por evitar procedimentos cirúrgicos ou quando tais procedimentos não estão prontamente disponíveis. Portanto, o tratamento empírico prévio à laparoscopia é uma opção válida neste caso.

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