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Q1338941 Português
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Os empregos nos quais os mentirosos se dão bem

Uma nova pesquisa indica que uma das razões pelas quais a mentira persiste em certas profissões é a crença de que pessoas com atitudes "flexíveis em relação à verdade" são realmente melhores nesses empregos
    
    Eu tenho uma confissão: eu minto. Muito. Eu minto para interromper ou iniciar conversas, para poupar os sentimentos dos outros, ou os meus, e simplificar a vida social ou profissional de milhões de maneiras.
     Até certo ponto, sabemos que as pessoas com quem trabalhamos estão mentindo para nós. Eles não podem estar sempre tendo um bom dia, estarem animados com o trabalho ou ficarem completamente felizes com um colega que foi promovido no lugar deles.
     Mas e quando a mentira não é apenas sobre humor dos funcionários, mas é também incorporada à rotina da profissão?
    Uma nova pesquisa indica que uma das razões pelas quais a mentira persiste em certas profissões é a crença de que pessoas com atitudes "flexíveis em relação à verdade" são realmente melhores nesses empregos.
Atitudes em relação aos mentirosos no local de trabalho
    Em geral, uma mentira no ambiente de trabalho é vista de forma negativa - se alguém precisa recorrer à mentira, provavelmente não é muito boa em seu emprego.
    E a mentira pode ser tóxica para uma cultura de confiança e trabalho em equipe. Mas, de acordo com uma pesquisa recente dos acadêmicos americanos Brian C. Gunia e Emma E. Levine, há uma exceção para empregos que são majoritariamente focados nas vendas.
     No estudo de marketing, o relacionamento com o cliente é voltado completamente para satisfazer as necessidades de um consumidor, enquanto o relacionamento de venda se relaciona com o cumprimento das metas do vendedor.
    Certas profissões, como vendas ou orientação de investimento bancário, são estereotipadas por serem pesadamente orientadas pela venda - embora, na prática, é claro, os vendedores podem ser profundamente carinhosos e os profissionais de saúde, ranzinzas.
Mentir é natural, até certo ponto
    Os pesquisadores Gunia e Levine pediram aos participantes do estudo - que incluía mais de 500 estudantes de negócios e pesquisadores do site de crowdsourcing americano Mechanical Turk, da Amazon - para classificarem certos empregos em termos de orientação de vendas e classificassem indivíduos hipotéticos de acordo com a competência que eles percebiam.
    Os participantes tiveram cenários como os seguintes: quando registrava suas despesas, "Julie" afirmou que uma corrida de táxi custava mais do que realmente foi; "James" finge gostar de velejar para se aproximar do chefe entusiasta da vela. 
    Em última análise, os entrevistados acreditavam que as pessoas que haviam mentido seriam mais bem-sucedidas em empregos relacionados a vendas e priorizariam a contratação. Por exemplo, 84% dos participantes optaram por contratar mentirosos para uma tarefa com alta orientação de vendas, enquanto 75% optaram por contratar pessoas honestas para uma tarefa com baixo relacionamento com vendas.
     Os resultados são interessantes, mas não definitivos. Por um lado, os participantes da pesquisa recebiam muito pouco; mercados de pesquisa como o Mechanical Turk são apontados por pagarem baixas remunerações e receberam acusações de exploração.
    Também não é certo se as crenças dos entrevistados da pesquisa se traduzem nas ações dos gerentes de contratação.
    Há evidências conflitantes sobre se o relacionamento com o cliente ou se a relação de vendas é mais eficaz na prática, embora o relacionamento com o cliente pareça ser uma vantagem em termos de fechamento de vendas.
    No recente estudo sobre a ligação entre a mentira percebida e a competência percebida, "nós recrutamos estudantes de negócios intencionalmente para que pudéssemos ter certeza de que os estereótipos que examinamos são realmente mantidos por futuros profissionais", explica Levine, da University of Chicago Booth School of Business.
    Alunos que pretendem ocupar cargos de gesstão "podem realmente acreditar que o engano sinaliza competência nessas ocupações e, portanto, importam essas crenças em práticas futuras de contratação".
[...]

Disponível em https://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2019/08/

Analise: “Em última análise, os entrevistados acreditavam que as pessoas que haviam mentido seriam mais bem-sucedidas em empregos relacionados a vendas e priorizariam a contratação.” E assinale a classificação correta do vocábulos em destaque.
Alternativas

Gabarito comentado

Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores

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Para resolver a questão proposta, é necessário entender a classificação dos advérbios na língua portuguesa, uma parte importante da morfologia. Os advérbios são palavras invariáveis que modificam o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, indicando circunstâncias de tempo, modo, lugar, afirmação, negação, dúvida, entre outras.

Alternativa correta: A - Advérbio de tempo.

Na frase destacada, "Em última análise, os entrevistados acreditavam que as pessoas que haviam mentido seriam mais bem-sucedidas...", a expressão "em última análise" é utilizada para indicar o tempo final ou conclusão de um pensamento ou análise. Neste caso, refere-se ao momento de conclusão de uma reflexão ou julgamento, o que caracteriza seu uso como advérbio de tempo.

Análise das alternativas incorretas:

B - Advérbio de modo: Os advérbios de modo indicam a forma como a ação do verbo é realizada, como em "rapidamente" ou "cuidadosamente". A expressão "em última análise" não descreve como algo é feito, mas sim quando se faz uma análise final, o que descarta essa alternativa.

C - Advérbio de lugar: Advérbios de lugar indicam o local onde a ação ocorre, como "aqui" ou "lá". A expressão em destaque não indica lugar, mas sim o tempo ou fase da análise, eliminando essa opção.

D - Advérbio de afirmação: Esses advérbios expressam certeza ou confirmação, como "sim" ou "certamente". A frase "em última análise" não sugere uma afirmação, mas conduz ao momento em que se faz um julgamento final, portanto, esta alternativa não se aplica.

Assim, a escolha correta é a alternativa A, que classifica o vocábulo destacado como um advérbio de tempo.

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Comentários

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A-Advérbio de tempo.

CUIDADO

A questão não possui gabarito. Não há sentido temporal na construção.

A construção "em última análise" é uma construção denotativa de conclusão, podendo ser substituída por "em resumo", "por fim", "em síntese",... não existe qualquer sentido de progressão ou marco temporal na referida expressão.

A própria premissa da questão é absurda. Os vocábulos não são advérbios. Talvez, embora não seja de todo adequado, algum maluco os classificaria como um adjunto adverbial, mas nunca como advérbios em si.

Essa é o tipo de questão que atrapalha aqueles que estudam, pois não há gabarito! Além disso, é uma dor de cabeça para a banca anular.

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