Insuficiência coronariana pode ser definida como uma desprop...
Na miocardiopatia hipertrófica, pode, raramente, instalar-se infarto do miocárdio, mesmo na ausência de lesão coronariana aterosclerótica. Nessa situação, a etiopatogênese parece decorrer de um conjunto de condições como redução na velocidade do fluxo sanguíneo e na reserva coronariana, alterações anatômicas nas arteríolas intramiocárdicas, tamanho inadequado das coronárias em relação à massa hipertrofiada, compressão coronariana pela hipertrofia septal e espasmo coronariano.
Gabarito comentado
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Gabarito: C - certo
A questão aborda a relação entre a miocardiopatia hipertrófica e o infarto do miocárdio em situações em que não há lesão coronariana aterosclerótica. Entender isso exige um conhecimento sobre a fisiopatologia da isquemia miocárdica e as características específicas da miocardiopatia hipertrófica.
A miocardiopatia hipertrófica é uma condição caracterizada pelo espessamento anormal do músculo cardíaco, muitas vezes do septo interventricular, sem uma causa clara como hipertensão ou doença valvar. Essa hipertrofia pode resultar em uma série de complicações, inclusive isquemia miocárdica, mesmo na ausência de doença aterosclerótica nas artérias coronárias.
Nessa condição, há várias alterações que podem predispor ao infarto do miocárdio:
- Redução na velocidade do fluxo sanguíneo nas coronárias devido à alteração na dinâmica de fluxo causada pela hipertrofia.
- Uma reserva coronariana diminuída, que é a capacidade de aumentar o fluxo sanguíneo para o coração em resposta ao aumento da demanda.
- Alterações anatômicas nas arteríolas intramiocárdicas, que podem ser comprimidas pela hipertrofia.
- A discrepância entre o tamanho das coronárias e a massa miocárdica aumentada, resultando em uma oferta insuficiente de oxigênio.
- Compressão das artérias coronárias pela hipertrofia septal durante a contração cardíaca.
- Espasmos coronarianos, que podem ocorrer devido à disfunção endotelial associada à hipertrofia.
A alternativa correta é a C porque a descrição está de acordo com a compreensão atual sobre como a miocardiopatia hipertrófica pode levar a eventos isquêmicos e infartos sem doença coronária aterosclerótica.
As alternativas incorretas não se aplicam aqui porque a questão foca precisamente nos mecanismos não ateroscleróticos que podem induzir isquemia ou infarto na miocardiopatia hipertrófica.
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