A bacia de Sergipe-Alagoas apresenta

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Q454515 Geologia
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A alternativa correta é a A: arenitos e folhelhos vermelhos continentais da Fase Pré-rifte. A bacia de Sergipe-Alagoas, localizada na região nordeste do Brasil, possui uma complexa história geológica, caracterizada por diferentes fases de desenvolvimento tectônico e sedimentar. Na Fase Pré-rifte, a sedimentação é predominantemente continental, com a deposição de arenitos e folhelhos vermelhos, os quais indicam um ambiente árido a semiárido com intensa oxidação dos sedimentos.

Justificando as alternativas:

A - Correta: Durante a Fase Pré-rifte, a sedimentação ocorre em ambientes continentais, e os depósitos de arenitos e folhelhos vermelhos são típicos desse período. Esses sedimentos são característicos de ambientes de desertos ou regiões semiáridas, onde a oxidação confere a cor vermelha.

B - Incorreta: Os folhelhos lacustres neocretácicos não são característicos da Fase Pré-rifte, mas sim de ambientes lacustres, que se desenvolvem em uma fase mais avançada da evolução da bacia. Esse tipo de sedimentação ocorre geralmente em bacias de idade cretácica, mas não faz parte do contexto pré-rifte.

C - Incorreta: Coquinas lacustres na Fase Pós-rifte referem-se a depósitos de carbonatos que ocorrem em ambientes lacustres. Estes são típicos da fase pós-rifte, onde a subsidência com a formação de lagos é mais comum. Portanto, não se relaciona à Fase Pré-rifte.

D - Incorreta: A halocinese, que é o movimento de sal dentro das bacias sedimentares, não é um fator relevante no controle da evolução estratigráfica do intervalo Pré-sal na bacia de Sergipe-Alagoas. A halocinese é mais associada às camadas evaporíticas, que são mais significativas em outras bacias, como a Bacia de Campos e Santos.

E - Incorreta: O vulcanismo expressivo no início da Fase Rifte não é característico da bacia de Sergipe-Alagoas. Embora o vulcanismo possa acompanhar a fase rifte em algumas bacias, na Sergipe-Alagoas, essa característica não é predominante na sua evolução geológica.

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EVOLUÇÃO TECTONOESTRATIGRÁFICA

O arcabouço estrutural da bacia de Sergipe-Alagoas é caracterizado por um rifte assimétrico, alongado, com extensão de 350 km na direção NE-SW. É a bacia da margem leste brasileira que apresenta a mais completa sucessão estratigráfica, podendo ser reconhecidas cinco supersequências, denominadas Supersequência Paleozoica, Pré-Rifte, Rifte, Pós-Rifte e Drifte.

O embasamento é constituído por rochas metamórficas proterozoicas da Faixa Sergipana, granitóides proterozoicos do Maciço Pernambuco-Alagoas e metassedimentos cambrianos do Grupo Estância. A Supersequência Paleozoica é representada pelos sedimentos permo-carboníferos das formações Batinga e Aracaré em uma sinéclise intracratônica. Todas as outras supersequências da Bacia de Sergipe-Alagoas são relacionadas ao processo de rifteamento do supercontinente Gondwana e à separação das placas africana e sul-americana, com a formação do Oceano Atlântico Sul. 

A Supersequência Pré-Rifte é constituída por arenitos da Formação Candeeiro e folhelhos vermelhos lacustres da Formação Bananeiras, de idade neojurássica, e arenitos barremianos da Formação Serraria. A Supersequência Rifte, que compreende sedimentos depositados desde o berriasiano ao neoaptiano, é composta na base por folhelhos e arenitos lacustres da Formação Feliz Deserto. A discordância pré-Aratu separa estes dos folhelhos da Formação Barra de Itiúba; este pacote sedimentar grada lateralmente para arenitos da Formação Penedo e conglomerados, denominados Formação Rio Pitanga na sub-bacia de Alagoas e Formação Poção na sub-bacia de Sergipe. Sobreposto a este pacote encontram-se os bancos carbonáticos do Membro Morro do

Chaves e clásticos terrígenos flúvio-deltaicos da Formação Coqueiro Seco. O topo da Supersequência Rifte é dado pelos arenitos e folhelhos da Formação Maceió. A Supersequência Pós-Rifte corresponde à primeira grande incursão marinha da bacia, com a deposição dos sedimentos neoaptianos eoalbianos da Formação Muribeca. Litoestratigraficamente, é composta por siliciclásticos grossos do Membro Carmópolis, evaporitos, carbonatos e folhelhos do Membro Ibura e folhelhos e calcilutitos do Membro Oiteirinhos

Supersequências Drifte compreende dois intervalos, um basal transgressivo e outro superior regressivo. O primeiro intervalo,de idade albo santoniana, é constituído por sedimentação predominantemente carbonática das formações Riachuelo e Cotinguiba. O intervalo regressivo registra um sistema deposicional predominantemente clástico, constituído pelos arenitos da Formação Marituba, carbonatos da Formação Mosqueiro e folhelhos com arenitos turbidíticos da Formação Calumbi, que se desenvolve até o presente.

Isso aqui foi retirado da ANP, e pela carta estratigráfica não vejo nada de magmatismo, excluindo assim a letra E.

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