De um lado, na sua estrutura, um organismo meramente produto...

A alternativa correta é a B.

Vamos entender melhor o motivo:

Caio Prado Júnior foi um dos grandes historiadores brasileiros, e sua análise sobre o período colonial é fundamental para compreendermos a formação econômica e social do Brasil. Ele destaca que a economia brasileira, desde os seus primórdios, foi estruturada para atender às demandas do mercado externo, ou seja, a produção local estava voltada para a exportação de produtos de interesse da metrópole portuguesa.

Agora, vamos analisar as alternativas:

Alternativa B: "O desenvolvimento da economia brasileira esteve vinculado desde os primórdios às necessidades do mercado externo."

Essa é a alternativa correta. Ela reflete exatamente o argumento central de Caio Prado Júnior, que aponta a economia colonial brasileira como uma economia de caráter exportador, voltada para atender as demandas do comércio internacional.

Alternativa A: "Os problemas enfrentados pelo Brasil não se associam ao período colonial e, sim, aos períodos políticos posteriores."

Incorreta. Caio Prado Júnior argumenta que muitos dos problemas econômicos e sociais do Brasil têm suas raízes no período colonial, quando a estrutura produtiva e social foi moldada para atender aos interesses externos, criando desigualdades e uma economia dependente.

Alternativa C: "As pequenas propriedades, o trabalho autônomo e a produção para subsistência conseguiram superar a importância das grandes propriedades."

Incorreta. No período colonial, as grandes propriedades (latifúndios) e a monocultura de exportação predominaram, não dando espaço significativo para pequenas propriedades ou produção de subsistência.

Alternativa D: "A falta de um mercado interno no Brasil colonial foi resolvida a partir do advento cafeicultor solidamente alicerçado e organizado em fins daquele período."

Incorreta. A formação de um mercado interno no Brasil só começou a ganhar força bem depois do período colonial, especialmente a partir da segunda metade do século XIX, com a economia cafeeira. No período colonial, o foco era a exportação, e não havia uma estrutura sólida de mercado interno.

Espero que essa explicação tenha ajudado a entender melhor o tema! Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

A) Os problemas enfrentados pelo Brasil não se associam ao período colonial e, sim, aos períodos políticos posteriores.

Incorreto. Para Caio Prado Júnior, o período colonial é crucial para entender a formação da estrutura econômica e social brasileira. Ele argumenta que a exploração colonial deixou heranças profundas, como a dependência do mercado externo, a concentração de terras e a exploração da mão de obra, que influenciaram os problemas enfrentados pelo Brasil nos séculos seguintes. Portanto, os problemas enfrentados pelo Brasil têm suas raízes no período colonial e não surgem apenas em fases políticas posteriores.

B) O desenvolvimento da economia brasileira esteve vinculado desde os primórdios às necessidades do mercado externo.

Correto. Segundo Caio Prado Júnior, o Brasil foi integrado ao sistema colonial europeu como um fornecedor de produtos que atendiam às demandas do mercado externo, especialmente da metrópole portuguesa e, mais tarde, de outros mercados europeus. A economia brasileira colonial era voltada para a exportação de produtos como açúcar, tabaco, e posteriormente ouro e café, em vez de ser direcionada ao consumo interno. Esse modelo exportador resultou em uma estrutura produtiva voltada para a exploração extensiva dos recursos naturais, em que a maior parte da riqueza era destinada ao exterior.

C) As pequenas propriedades, o trabalho autônomo e a produção para subsistência conseguiram superar a importância das grandes propriedades.

Incorreto. Na verdade, o modelo colonial foi amplamente dominado pelo sistema de grandes propriedades rurais (latifúndios), que utilizavam mão de obra escrava para a produção em larga escala de produtos destinados à exportação. As pequenas propriedades e o trabalho autônomo, embora presentes em algumas regiões, não tiveram relevância econômica significativa durante o período colonial. O latifúndio e a monocultura, voltados para o mercado externo, foram os principais motores da economia.

D) A falta de um mercado interno no Brasil colonial foi resolvida a partir do advento cafeicultor solidamente alicerçado e organizado em fins daquele período.

Incorreto. Embora o café tenha se tornado a principal commodity brasileira a partir do século XIX, ele também seguiu o padrão de produção voltada para a exportação e não para o fortalecimento do mercado interno. O Brasil colonial e, posteriormente, o Brasil imperial, não desenvolveram um mercado interno robusto, pois a economia permaneceu orientada para o comércio exterior. As desigualdades sociais e a concentração de riqueza dificultaram o surgimento de uma base consumidora interna sólida, e o mercado interno só começou a se fortalecer mais tarde, durante a industrialização no século XX.

[continua...]