Com base nas figuras de linguagem, analise:“Deus criou o sol...

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Q1730453 Português

Com base nas figuras de linguagem, analise:


“Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.”


Assinale a alternativa correta:

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Gab : C

Polissíndeto: é uma figura de linguagem - figura de construção ou sintática que consiste no emprego repetitivo da conjunção entre as orações de um período ou entre os termos de oração e geralmente é a conjunção "e", "nem" ou "mas".

Gabarito C

“Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.”

______________________________________________

Polissíndeto é a figura de construção caracterizada pela repetição de conjunções, o que muitas vezes acaba gerando um efeito de intensificação do discurso. Observe:

  • “Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge.” (Rubem Braga)

  • “Enquanto os homens exercem seus podres poderes / Índios e padres e bichas, negros e mulheres e adolescentes fazem o carnaval”. (Caetano Veloso)

  • “Não é este edifício obra de reis, ainda que por um rei me fosse encomendado seu desenho e edificação, mas nacional, mas popular, mas da gente portuguesa [...]” (Alexandre Herculano)

Nos respectivos trechos da crônica de Rubem Braga, da canção de Caetano Veloso e do conto de Alexandre Herculano, vemos diferentes exemplos de polissíndeto. Em ambos os casos, há intensificação da ideia de adição e de reforço (com as conjunções coordenativas aditivas “nem” e “e”) e de contraste (com a conjunção coordenativa adversativa “mas”).

FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/polissindeto.htm

Assertiva correta: C

Anástrofe: quando há anteposição de um termo preposicionado.

Ex.: Tão bela dos seus anos na flor. (Tão bela na flor dos seus anos.)

Obs. difere de hipérbato [alteração da ordem direta dos termos].

Pleonasmo enfático: uso repetitivo de um conceito ou redundância de um termo, que pode intensificar a força expressiva do discurso.

Ex.: Quando com os olhos eu quis ver de perto. [Pestana].

Polissíndeto: repetições de conjunções [e, ou, nem, etc], são sempre separadas por vírgulas.

Ex. João, ou Maria, ou Pedro, ou José são personagens bíblicos.

Zeugma: é um tipo de elipse. Consiste na supressão de um termo já expresso anteriormente.

Ex.: Alguns estudam, outros não. (estudam)

Hipérbato: (= inversão): alteração da ordem direta dos termos.

Ex.: Morreu o presidente.

Fonte: Adriana Figueiredo.

Alguém sabe dizer se figuras de linguagem é finito?

Toda vez vejo uma nova, e os gramáticos não são esclarecem tudo, sempre deixa faltando alguns.

Inspecionemos o fragmento trazido:

“Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.”

Note haver incessante repetição do conectivo "e". A ela dá-se o nome de polissíndeto.

a) Anástrofe.

Incorreto. Em geral, a anástrofe se resume na inversão de termos adjuntos, normalmente sujeito e predicado. Ex.: "Já vinha / a manhã clara." (Cláudio Manuel da Costa);

b) Pleonasmo enfático.

Incorreto. Pleonasmo é o emprego de palavras desnecessárias ao sentido. Há dois tipos: um a que se chama de vicioso, decorrente da ignorância da significação das palavras (p.ex. decapitar a cabeça, tornar a repetir, encarar de frente), e o literário, que é intencional e serve à ênfase, ao vigor da expressão. Exs.:

“Era como se todo o mundo que ele pisara com os pés, que vira com os seus olhos, que pegara com as suas mãos, se perdesse num instante.” (José Lins do Rego)

“Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros (...) no estreito e infecto porão de um navio.” (Maria Firmina dos Reis)

“Contra o parecer do médico assistente deu-se alta a si próprio.” (Monteiro Lobato)

“Talvez ainda um dia me será grata por ter-te impedido de matar-te a ti mesma.” (Bernardo Guimarães)

c) Polissíndeto.

Correto. Trata-se da repetição de conectivos coordenativos — normalmente se repetirão as conjunções “e”, “ou” e “nem”. Exs.:

“Do claustro, na paciência e no sossego, / Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!” (Olavo Bilac)

“Em seguida dei de ombros, convencido de que o Geremário tinha razão e tinha razão a boda, e os filhos do cego tinham razão, e todo mundo tem razão.” (Monteiro Lobato)

“E hoje mamãe cose e borda e borda e canta no piano e faz bolinhos aos sábados, tudo pontualmente, e com alegria.” (Clarice Lispector)

“Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge.” (Rubem Braga)

d) Zeugma.

Incorreto. É variação de elipse, diferindo desta porque no zeugma há expressão anterior do termo. Exs.:

“Nem ele entende a nós, nem nós a ele.” (Camões)

“A rua é a artéria; os passantes, o sangue.” (Monteiro Lobato)

“Comer tudo era impossível; deixar no prato, impolidez.” (Monteiro Lobato)

e) Hipérbato.

Incorreto. É a inversão da ordem natural das palavras na oração, ou da ordem das orações no período. Exs.:

“Trazem-lhe os jornais o rumor do mundo.” (Monteiro Lobato)

Em ordem: "Os jornais trazem-lhe o rumor do mundo".

 “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/De um povo heroico o brado retumbante.”

Em ordem: “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.”

Letra C

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