Em “O rapaz cheirava a rosa” e “O rapaz cheirava à rosa”, a...

O rapaz cheirava a rosa.(ato de cheirar)

O rapaz cheirava à rosa.(ele tinha cheiro de rosa)

O enunciado traz um caso interessante de uso da crase para evitar a ambiguidade (ver Cegalla, 2009, p. 283). Veja que a crase marca uma diferença semântica:

-> Sem crase: a frase nos diz que o rapaz pegou a rosa e sentiu o cheiro dela;

-> Com crase: a frase nos diz que o rapaz possui cheiro de rosa; ou seja, ele estava exalando o perfume da rosa em seu corpo.

Também há diferença de natureza sintática:

-> na primeira ocorrência, a expressão "a rosa" exerce a função de objeto direto do verbo "cheirar";

-> na segunda, a expressão craseada "à rosa" exerce a função de locução adverbial (e, por ser formada de substantivo feminino, recebe a crase).

GABARITO: ITEM CERTO.

Michelangelo.

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Ótima questão!

Uma simples crase, poderá mudar o sentido da oração.

Mudando o objeto direto, para um adjunto adverbial preposicionado.

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Uma simples crase, poderá mudar o sentido da oração.

Mudando o objeto direto, para um adjunto adverbial preposicionado.