Uma mulher de 35 anos de idade, portadora da síndrome de imu...

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Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MI
Q1196807 Medicina
Uma mulher de 35 anos de idade, portadora da síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) está em uso de terapia anti-retroviral combinada (dupla). Ela apresentou no passado quadro clínico e radiológico (tomografia computadorizada) compatível com toxoplasmose cerebral — em tratamento profilático. Procurou atendimento médico devido a estar apresentando febre, falta de ar e tosse não produtiva. O exame físico mostrou paciente taquipnéica, febril e com discretos estertores em terço inferior de ambos os hemitóraces. A radiografia de tórax evidenciou infiltrado intersticial difuso bilateral. A avaliação respiratória mostrou pressão parcial de oxigênio no sangue arterial igual (PaO2) de 58 mmHg e gradiente alveoloarterial de oxigênio [P(A-a) O2] de 35 mmHg; dosagem sérica de desidrogenase lática (DHL) = 625 UI/L (valores de referência de 200 UI/L a 380 UI/L); contagem de linfócitos T-CD4+ igual a 150 células/mm3 e carga viral de 35.000 cópias/mL.
Com base nas informações desse quadro clínico hipotético, julgue o item que se segue.
As alterações clínico-laboratoriais são sugestivas de pneumonia por Pneumocystis jiroveci.
Alternativas

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A alternativa C está correta.

A questão aborda um tema relevante na prática médica, especialmente no contexto de pacientes com AIDS, que é a susceptibilidade a infecções oportunistas. A paciente em questão apresenta um quadro clínico sugestivo de pneumonia por Pneumocystis jiroveci (PCP), uma infecção frequente em imunodeprimidos, como os portadores de HIV/AIDS com contagem de CD4+ abaixo de 200 células/mm³.

Para entender por que a pneumonia por Pneumocystis jiroveci é a suspeita, vamos analisar os dados clínicos e laboratoriais:

  • Febre, falta de ar e tosse não produtiva: Esses são sintomas típicos de PCP.
  • Infiltrado intersticial difuso bilateral na radiografia: Este padrão radiológico é clássico para a pneumonia por Pneumocystis jiroveci.
  • Taquipneia e hipoxemia (PaO2 de 58 mmHg) com elevado gradiente alveoloarterial de oxigênio: Sinais de comprometimento respiratório importantes na PCP.
  • Elevação da desidrogenase lática (DHL): A DHL é frequentemente elevada em infecções por Pneumocystis jiroveci.
  • Baixa contagem de linfócitos T-CD4+: A imunossupressão é um fator de risco significativo para PCP.

A correta interpretação desses sinais e sintomas, em conjunto com o histórico médico da paciente, leva ao diagnóstico de pneumonia por Pneumocystis jiroveci.

Alternativas que poderiam ter sido consideradas erradas neste contexto, seriam aquelas que sugerissem outras causas infecciosas ou não infecciosas para o quadro respiratório sem base nos dados apresentados. Outras infecções pulmonares oportunistas, como a tuberculose ou infecções fúngicas, apresentam características clínicas e laboratoriais distintas.

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