Em um caso de estupro foram colhidas três amostras ...

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Q252178 Medicina Legal
Em um caso de estupro foram colhidas três amostras para análise de DNA:

Amostra 1: esfregaço genital da vítima;
Amostra 2: raspado bucal da vítima;
Amostra 3: raspado bucal de um suspeito.

A razão para colher a amostra 2 nesse caso é:

Alternativas

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A alternativa correta para a questão é a C: obter uma amostra que revelasse somente o perfil genotípico da vítima.

Vamos entender a razão por trás dessa escolha e discutir as outras alternativas.

Em investigações de casos de estupro, a análise de DNA é fundamental para identificar o agressor e confirmar a ocorrência do crime. Para isso, diferentes tipos de amostras são colhidas. No caso específico da questão, temos três tipos: esfregaço genital da vítima, raspado bucal da vítima e raspado bucal do suspeito.

A amostra 1 (esfregaço genital da vítima) pode conter DNA tanto da vítima quanto do agressor, sendo crucial para a identificação do suspeito, pois é onde geralmente se encontram vestígios do agressor.

A amostra 2 (raspado bucal da vítima) é coletada para obter o perfil genotípico exclusivo da vítima. Isso é importante para diferenciar o DNA da vítima do DNA encontrado no esfregaço genital. Sem essa comparação, não seria possível identificar com certeza quais fragmentos de DNA no esfregaço pertencem à vítima e quais poderiam pertencer ao agressor.

Sobre as alternativas incorretas:

A - verificar se houve também a prática de sexo oral.

Essa alternativa está incorreta porque o raspado bucal da vítima não tem essa função. Para verificar a prática de sexo oral, seriam necessárias amostras específicas da cavidade bucal com outro propósito, como presença de esperma ou células do suspeito.

B - confirmar se o perfil genotípico do esfregaço genital era o mesmo do raspado bucal.

Embora pareça próximo, essa alternativa não está correta. O objetivo principal do raspado bucal da vítima é obter o perfil genotípico da própria vítima para comparação com o DNA encontrado no esfregaço genital, e não uma confirmação direta entre as duas amostras.

D - verificar se havia vínculo familiar entre a vítima e o suspeito.

Essa alternativa está errada porque a análise de vínculo familiar requer amostras específicas para esse fim e não é o objetivo primário da coleta de DNA em casos de estupro.

E - armazenar uma amostra da vítima para compor o banco de dados populacional.

Armazenar um perfil genotípico para banco de dados populacional não é o objetivo específico da coleta de um raspado bucal em um caso de estupro. Esse tipo de armazenamento segue protocolos e finalidades diferentes.

Portanto, a resposta correta é a alternativa C, pois a amostra 2 é coletada para obter um perfil genotípico claro e exclusivo da vítima, permitindo a correta identificação do DNA na amostra genital.

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Comentários

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Qual a diferença entre as alternativas B e C?

Acredito que atualmente a questão não está atualizada, ocorre, que na época da questão, estupro se resumia em conjunção carnal, logo, a coleta de material biológico bucal serviria tão somente para a comparação. Ocorre que hoje em dia a prática de sexo oral não consentida, tb é estupro, logo o mesmo exame poderia servir para tentar encontrar o material genético do autor e não apenas para isolar o material genético da vítima.

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