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Q475167 Psicologia
Em atendimento psicológico, Otávio relatou que seu filho, João, apresentava humor deprimido na maior parte do dia, se recusava a sair de casa, estava choroso e apresentava fadiga e insônia. De acordo com Otávio, João, que nunca havia passado por nenhum tipo de depressão, tinha passado a apresentar os sintomas descritos a partir do momento em que o pai fora abandonado pela esposa, mãe de João. Durante a consulta, foi detectado que João apresentava, ainda, sentimento de menos valia.

Com relação a essa situação hipotética, julgue o  item a seguir. 

Se o profissional que atendeu João não tiver certeza do diagnóstico, deverá fazer constar no diagnóstico o termo provisório.
Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa correta é: C - certo.

Essa questão aborda um tema fundamental dentro do campo do Psicodiagnóstico e Avaliação Psicológica, que é a necessidade de precisão e responsabilidade ao se emitir um diagnóstico. No contexto descrito, João apresenta sintomas importantes como humor deprimido, fadiga, insônia e sentimentos de menos valia. Além disso, esses sintomas estão associados a um evento estressor significativo: a separação dos pais.

Quando um profissional de saúde mental se depara com uma situação em que não há certeza diagnóstica, é imperativo adotar uma postura de cautela. O uso do termo "provisório" no diagnóstico permite que o profissional continue a investigação, faça um acompanhamento contínuo e evite possíveis erros que possam prejudicar o paciente. Isso é especialmente relevante em contextos de saúde mental, onde os sintomas podem evoluir ou mudar de acordo com novas informações e desenvolvimento do caso.

Explicando mais detalhadamente:

1. Alternativa correta (C - certo): Utilizar um diagnóstico provisório é uma prática recomendada quando há incertezas. Isso é importante para garantir uma avaliação contínua e precisa, refletindo uma atuação ética e responsável do profissional de Psicologia.

2. Alternativas incorretas:

Negar a necessidade de um diagnóstico provisório em casos de incerteza pode levar a um diagnóstico precipitado e, consequentemente, a intervenções inadequadas. Portanto, a prática de utilizar diagnósticos provisórios é uma salvaguarda essencial para o bem-estar do paciente. Evitar essa prática pode resultar em consequências negativas para a saúde mental de João, por exemplo, levando a um tratamento inadequado ou atraso no cuidado correto.

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Comentários

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Está certo! Um psicólogo sempre deve deixar clara a possibilidade de mudança para o paciente, de forma a não estigmatizar o sujeito. Isso já é algo que deve ser feito no dia a dia profissional, em um caso em que não haja certeza do diagnóstico, é ainda mais importante deixar clara essa questão.

Ou então o termo suspeita diagnóstica.

Mas, seja lá qual for, o importante é se ater à ideia de ser um diagnóstico feito naquele momento e passível de mudança.

Ou melhor, Hipótese Diagnóstica.

"§ 3.º O documento escrito resultante da prestação de serviços psicológicos deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do fenômeno psicológico."

Resolução CFP n° 06/2019.

Correções, favor sinalizar.

Dai-me inteligência para compreender, memória para reter, facilidade para aprender, sutileza para interpretar e graça abundante para falar.” 

-São Tomás de Aquino

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