A leptospirose é uma doença endêmica no Brasil, com aproxim...
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No contexto da questão sobre leptospirose, a alternativa B é a incorreta. Vamos entender o porquê e analisar as demais alternativas.
Alternativa A: Esta afirmação está correta. A leptospirose é causada por várias espécies de bactérias do gênero Leptospira, com mais de 200 sorovares identificados. No Brasil, os sorovares icterohaemorrhagiae e copenhageni estão associados a casos mais graves em humanos, geralmente transmitidos por roedores.
Alternativa B: Aqui temos a afirmação incorreta. Embora os roedores como Rattus norvegicus, Rattus rattus, e Mus musculus sejam importantes reservatórios de leptospiras, a ideia de que eles desenvolveriam a doença e morreriam é errada. Normalmente, eles são portadores assintomáticos, abrigando a bactéria nos rins e eliminando-a pela urina sem adoecer.
Alternativa C: Esta afirmação está correta. A leptospira pode penetrar no corpo humano através de lesões na pele, pele intacta em contato prolongado com água contaminada ou através das mucosas, o que é coerente com a epidemiologia da doença, especialmente em áreas alagadas.
Alternativa D: A afirmação é correta. A imunidade adquirida após a infecção por leptospira é específica para o sorovar envolvido. Isso significa que uma pessoa pode ser infectada novamente por um sorovar diferente, pois a imunidade não é cruzada entre diferentes sorovares.
Alternativa E: Esta afirmação também está correta. Testes diagnósticos como ELISA-IgM e MAT podem não detectar anticorpos se realizados precocemente, antes do 7º dia após o início dos sintomas, não descartando a doença em casos suspeitos.
Com a análise acima, compreendemos as características epidemiológicas e os aspectos clínicos e diagnósticos da leptospirose, ressaltando a importância de entender como os reservatórios e a transmissão ocorrem.
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B) ERRADA - Os roedores são assintomáticos e os principais transmissores da leptospirose por excretarem a bactéria pela urina por praticamente toda vida. - Não morrem por Lepto!
Os roedores não desenvolvem a doença.
Alternativa A: Correta!
Agente etiológico
Bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do gênero Leptospira, do qual se conhecem 14
espécies patogênicas, sendo a mais importante a L. interrogans.
A unidade taxonômica básica é o sorovar (sorotipo). Mais de 200 sorovares já foram identificados,
cada um com o(s) seu(s) hospedeiro(s) preferencial(ais), ainda que uma espécie animal possa albergar um
ou mais sorovares.
Qualquer sorovar pode determinar as diversas formas de apresentação clínica no homem.
No Brasil, os sorovares Icterohaemorrhagiae e Copenhageni estão relacionados aos casos mais graves.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf
Alternativa B: Incorreta! -> GABARITO DA QUESTÃO!
Reservatórios
Animais sinantrópicos domésticos e selvagens. Os principais são os roedores das espécies Rattus
norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo ou catita). Esses animais não desenvolvem a doença quando infectados e albergam a leptospira
nos rins, eliminando-a viva no meio ambiente e contaminando água, solo e alimentos.
O R. norvegicus é o principal portador do sorovar Icterohaemorraghiae, um dos mais patogênicos
para o homem. Outros reservatórios são caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos.
O homem é apenas hospedeiro acidental e terminal, dentro da cadeia de transmissão.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf
Alternativa C: Correta!
Modo de transmissão
A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados.
A penetração do microrganismo ocorre através da pele com presença de lesões, pele íntegra imersa
por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas.
Outras modalidades de transmissão possíveis, porém com rara frequência, são: contato com sangue,
tecidos e órgãos de animais infectados; transmissão acidental em laboratórios; e ingestão de água ou alimentos contaminados.
A transmissão pessoa a pessoa é rara, mas pode ocorrer pelo contato com urina, sangue, secreções e
tecidos de pessoas infectadas.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf
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