Longe da sonhada paz, 2019 herdará pelo menos oito das maior...

A Guerra Civil na Síria tem como ponto base a luta de rebeldes contra o governo de Bashar al-Assad os protestos contra o governo, em 2011, na onda conhecida como Primavera Árabe. Esse foi um importante momento , em muitos países do Oriente Médio e do norte da África, de protestos e denúncias de população de camadas médias urbanas contra governos autoritários e ditaduras. Havia também questões econômico-sociais por conta de má distribuição de renda e desemprego. Em muitos países o resultado foi a mudança dos governantes, nem sempre satisfazendo as demandas das populações . Na Síria a situação degenerou em guerra civil por conta da ajuda que Assad recebeu da Rússia. Não só não ele não saiu do poder como foi feita uma repressão violenta dos opositores. Os vários interesses e apoio em ambos os lados e a ação do Estado Islâmico – ISIS – mantem a situação de guerra desde então.

 

Além de periódicos como Le Monde Diplomatique , também editado em português e artigos em revistas especializadas em tal tipo de temática, como a Revista de Política Externa, publicada pela UNESP ( Universidade Estadual Paulista) , há a possibilidade de leitura sobre o tema na obra  Travessia - Viagem ao Coração Estilhaçado da Síria  de Samar  Yazbek ( jornalista síria) e ISIS-  por dentro do Estado do Terror , de Michael Weiss e Hassam Hassam.

 

A)      INCORRETA- O Brasil, embora tenha algum tipo de voz na arena internacional não tem interesses diretos nessa questão.  Normalmente o Brasil procura argumentar a favor da solução pacífica de controvérsias. Já Rússia e EUA atuam diretamente e a França atuou no  sentido de fornecer ajuda humanitária ao mesmo tempo fornecimento de armas.

 

B)      INCORRETA- Irã e Turquia interferem diretamente no conflito sírio, assim como EUA, Rússia e Turquia. Mas Portugal não em interesses diretos no conflito do Oriente Médio

 

C)      INCORRETA- Itália, Venezuela não tem interesses diretos no conflito sírio. Já a França atuou inicialmente vendendo armas e fornecendo equipamentos médicos . As prioridades da França na Síria se concentram na melhora da ajuda humanitária, na luta contra o terrorismo e na retomada das negociações de paz. Principalmente em relação ao último ponto, o presidente Emmanuel Macron se esforçou de forma especial.

 

D)     INCORRETA- Japão e China, imersos em projetos mais globais e /ou específicos do extremo oriente não tem, ao menos por hora, interesses diretos no conflito sírio.

 

E)      CORRETA- Estes são os países que tem interesses claros na região. A Rússia há muito tem direito de uso de um porto da Síria, ou seja, saída para o Mediterrâneo, que não pode nem quer perder. O Irã apoia o governo de Bashar Al Assad em “ proteção aos xiitas sírios” e, busca controlar a influência dos Estados Unidos na região, até mesmo porque EUA são aliados de Israel. Por sua vez a Turquia, antes ao lado de Assad, agora apoia a oposição. Além de ter como meta barrar qualquer incursão de curdos próximas de sua fronteira, a Turquia de Erdogan pretende reivindicar papel preponderante na Síria após a guerra.

 

RESPOSTA : E

 

Gabarito E

A guerra na Síria, que se tornou ainda mais violenta e complicada com o envolvimento da Rússia, dos Estados Unidos, do Irã, da Turquia e de outros atores, é exemplo do emaranhado de interesses que dificulta a paz. O embate em solo sírio compõe um cenário de Guerra Fria em tempos modernos, com dois grandes polos que competem entre si por meio do fornecimento de armas, treinamentos militares ... 

“Na Síria, por exemplo, Rússia e Estados Unidos representam lados opostos da disputa, e os russos bloquearam todas as propostas de paz discutidas na ONU” ...

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A guerra na Síria, que se tornou ainda mais violenta e complicada com o envolvimento da Rússia, dos Estados Unidos, do Irã, da Turquia e de outros atores, é exemplo do emaranhado de interesses que dificulta a paz. A participação desses atores externos torna os diálogos de paz complexos e dificulta a busca pelo consenso, uma vez que mais ambições estão postas na mesa de negociações. O patrocínio de grupos armados e de Exércitos por nações rivais também tende a aumentar a agressividade e o número de mortes, assim como a prolongar os embates.“Na Síria, por exemplo, Rússia e Estados Unidos representam lados opostos da disputa, e os russos bloquearam todas as propostas de paz discutidas na ONU”,  FONTE: https://www.google.com/amp/s/veja.abril.com.br/mundo/jogo-de-forcas-mundial-as-guerras-que-continuam-em-2019/amp/

Em 2019 mal sabíamos o que estava por vir.....