Pedro, de 82 anos de idade, está hospitalizado em estado ...

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Q2234310 Psicologia
   Pedro, de 82 anos de idade, está hospitalizado em estado grave, progressivo, com prognóstico reservado. Ele sempre defendeu o direito à eutanásia e sua legalização e, agora, consciente e informado de que não há possibilidade de cura para suas condições clínicas, informou à sua família, aos médicos e ao psicólogo que o assistem que não quer receber nenhum tipo de procedimento ou uso de equipamento para prorrogação da vida.
Com relação à conduta do psicólogo nesse caso hipotético, julgue o próximo item.

Em caso de pesquisa científica para testar os possíveis benefícios de uma medicação sem malefícios reconhecidos, seria apropriado que o psicólogo tentasse convencer Pedro a participar do estudo, mesmo após recusa inicial, pois pode haver ganho.
Alternativas

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Alternativa correta: Errado

Vamos entender por que a alternativa correta é "Errado". A questão em foco envolve a conduta ética do psicólogo em um contexto delicado, onde Pedro, um paciente idoso e gravemente enfermo, expressou claramente sua vontade de não submeter-se a procedimentos que prolonguem sua vida.

Primeiramente, vamos revisitar alguns conceitos fundamentais:

Autonomia do paciente: Na psicologia da saúde, a autonomia do paciente é um princípio ético fundamental. Ele refere-se ao direito do paciente de tomar decisões informadas sobre seu próprio tratamento. Isso inclui o direito de recusar intervenções médicas, mesmo que isso contrarie a opinião dos profissionais de saúde.

Ética profissional do psicólogo: O Código de Ética Profissional do Psicólogo no Brasil orienta que o psicólogo deve respeitar a dignidade e a autonomia do paciente, evitando qualquer forma de coação ou manipulação para que o paciente participe de tratamentos ou pesquisas contra sua vontade.

A análise da questão:

Pedro, de 82 anos, internado em estado grave e progressivo, manifestou sua vontade de não receber tratamentos que prolonguem sua vida. A questão propõe um cenário onde há uma pesquisa científica que poderia trazer benefícios sem malefícios reconhecidos, e sugere que o psicólogo deveria tentar convencer Pedro a participar, mesmo após sua recusa inicial.

Aqui é onde reside o ponto crucial: convencer Pedro a participar da pesquisa, mesmo após sua recusa inicial, violaria sua autonomia e o princípio da ética profissional do psicólogo. Pedro já expressou sua decisão consciente e informada, e cabe ao psicólogo respeitar essa decisão.

Justificativa para a alternativa correta (Errado):

Tentar convencer Pedro a participar de uma pesquisa, mesmo após ele ter recusado, significa desconsiderar sua vontade e autonomia. Isso não é apenas antiético, mas pode ser considerado uma forma de coação, o que é expressamente contra as diretrizes do Código de Ética Profissional do Psicólogo.

Além disso, a insistência em convencê-lo poderia causar-lhe mais sofrimento emocional, o que contraria o papel do psicólogo de oferecer suporte e conforto, especialmente em situações de final de vida.

Em resumo:

A questão exige um entendimento claro da ética profissional e dos direitos do paciente. Respeitar a autonomia de Pedro, que é consciente e informado, é primordial. Portanto, a conduta descrita na questão como apropriada está, na verdade, incorreta.

Espero que esta explicação tenha clareado o tema abordado. Se precisar de mais alguma orientação, estou à disposição!

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Comentários

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Errado. Principio da autonomia do sujeito. Não é papel do psicólogo convencer a ninguém.

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