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Q2234341 Psicologia
Caso clínico 5A2-I

        Maria procurou o serviço público de saúde de sua região por estar preocupada com seu filho Josué, de 4 anos de idade. De acordo com o relato materno, ele sempre foi "uma criança difícil": "No início, pensei que ele era mais caladão e quieto. Eu tinha que me lembrar de que tinha um bebê em casa. Para chamar a atenção dele, só com um objeto em movimento, a roda de um carrinho ou algo que girasse. Nunca gostou de brinquedo com som. Aliás, desde bebê, parece se incomodar muito com barulho. Hoje tenho certeza de que ele não gosta: qualquer som mais alto, ele coloca logo as mãos na orelha. Até seu jeito de brincar é diferente. Lembro de comprar um monte de brinquedo pra ele e ele nunca parecer se interessar. Gostava mesmo era de pedaços de coisas que encontrava pela casa: tampas, rodas soltas de carrinho, pedaços de barbante, lascas de parede. Eu ficava muito incomodada, porque parecia que ele não se interessava por mim ou por qualquer brincadeira que eu fizesse com ele. Nem quando tinha outras crianças ele gostava de brincar junto. Me dei conta de que algo poderia estar errado quando o filho de minha irmã nasceu, há um ano. Demorei pra procurar ajuda porque não quero acreditar que tenha algo errado com meu filho. Como somos só nós dois, tenho medo de não suportar a dor de saber que meu filho tem algum problema" (sic). 
Ainda considerando o caso clínico 5A2-I, julgue o próximo item, à luz das contribuições da psicopatologia, do DSM-5, da CID-10, dos princípios norteadores do Sistema Único de Saúde (SUS) e das ações básicas em saúde.
No caso de Josué, a construção de um projeto terapêutico singular deve envolver ações de orientação à mãe quanto à direção do tratamento. 
Alternativas

Gabarito comentado

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Gabarito: C - certo

A questão aborda a importância da construção de um projeto terapêutico singular (PTS) no tratamento de Josué, uma criança de 4 anos que apresenta sinais que podem indicar um Transtorno do Espectro Autista (TEA). Baseia-se em diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e da Classificação Internacional de Doenças (CID-10).

Esses instrumentos são essenciais para a identificação e gestão de transtornos mentais e comportamentais.

Explicação do tema:

O projeto terapêutico singular é uma ferramenta voltada para a personalização do cuidado em saúde, especialmente em situações de alta complexidade ou vulnerabilidade. No contexto do SUS, ele visa integrar diversas ações e serviços de saúde em torno das necessidades específicas do paciente.

No caso de Josué, envolver a mãe no processo de orientação e tratamento é crucial, uma vez que ela é a principal cuidadora e tem um papel fundamental no desenvolvimento e bem-estar da criança. O relato da mãe indica dificuldades de socialização, comunicação e reações sensoriais atípicas, pontos característicos do TEA.

Justificativa da Alternativa Correta:

A alternativa C está correta porque propõe que o projeto terapêutico singular deve incluir ações de orientação à mãe sobre a direção do tratamento do filho. A presença da mãe e sua compreensão sobre o transtorno são fundamentais para a adesão e eficácia do tratamento proposto. Orientar a mãe contribui para que ela se sinta mais segura e preparada para lidar com as necessidades específicas de Josué, promovendo um ambiente mais favorável ao desenvolvimento da criança.

Justificativa das Alternativas Incorretas:

As alternativas que não envolvem a orientação à mãe ou que negligenciam a construção de um projeto terapêutico individualizado estariam incorretas. Elas não atenderiam de maneira adequada às diretrizes do SUS, que preconizam uma abordagem integral e personalizada do cuidado em saúde. Ignorar essa necessidade de orientação poderia comprometer a eficácia do tratamento e o bem-estar tanto de Josué quanto de sua mãe.

É importante ressaltar que, em casos de suspeita de TEA, a participação ativa dos cuidadores no tratamento é um dos pilares para um desenvolvimento mais adequado da criança. Portanto, a orientação e o apoio à mãe fazem parte de um cuidado integral e humanizado, conforme preconizado pelas políticas públicas de saúde.

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Comentários

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O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas com um indivíduo, uma família ou um grupo que resulta da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar. Geralmente, o PTS é dedicado a situações mais complexas, buscando a singularidade como elemento central.

A PTS prevê a participação da mãe. Entendo que a questão está incompleta, pq da forma como está escrita parece que é uma relação vertical de quem orienta e de quem recebe a orientação.

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