F.L.M., 28 anos, nuligesta, apresenta irregularidade menstru...
F.L.M., 28 anos, nuligesta, apresenta irregularidade menstrual há 3 anos, com ciclos mais longos, de 45 a 60 dias, em quantidade não intensa. Refere saída de secreção láctea espontânea pelos mamilos. Sem parceiro fixo, em uso de condom regular. Exame físico normal, com mamas normais, genitália externa normotrófica e sem alterações de colo. Além disso, constata-se galactorreia bilateral. IMC 23 kg/m2, TSH 3,1 ng/ml. Ressonância magnética de hipófise mostra uma imagem sugestiva de tumor com 9 mm. Assinale a alternativa contendo a conduta adequada.
Gabarito comentado
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Alternativa Correta: B - Cabergolina.
O tema central da questão é a avaliação e manejo de um caso de galactorreia e anormalidade menstrual, associado a um achado de tumor hipofisário possivelmente um prolactinoma. Para resolver essa questão, são necessários conhecimentos sobre endocrinologia ginecológica, em especial sobre a função da hipófise e o tratamento dos prolactinomas.
A paciente apresenta galactorreia bilateral e ciclos menstruais longos, o que sugere hiperprolactinemia. O achado de uma imagem sugestiva de tumor na ressonância magnética de hipófise com 9 mm reforça o diagnóstico de prolactinoma, que é um tumor produtor de prolactina.
Justificativa da Alternativa Correta:
A alternativa B - Cabergolina é a correta porque a cabergolina é um agonista dopaminérgico usado no tratamento de prolactinomas. Esse medicamento reduz os níveis de prolactina e frequentemente diminui o tamanho do tumor, sendo a primeira linha de tratamento nesses casos.
Análise das Alternativas Incorretas:
A - Observação por 12 meses: Essa opção não é apropriada, pois a paciente apresenta sintomas significativos (galactorreia e irregularidades menstruais) e já há evidência de um tumor hipofisário. A observação sem intervenção pode levar à progressão dos sintomas.
C - Cirurgia hipofisária transesfenoidal: Essa alternativa geralmente é reservada para casos em que a medicação não é eficaz ou se o tumor é muito grande e causa efeitos compressivos. Como o tumor é de 9 mm e a cabergolina é eficaz, a cirurgia não é a primeira escolha.
D - Tiroxina: A tiroxina é usada para tratar hipotireoidismo. O TSH da paciente está dentro da faixa normal, indicando que não há necessidade de suplementação de tiroxina.
E - Nova reavaliação por imagem em 6 meses: Assim como a observação, esta opção não aborda ativamente o tratamento dos sintomas e do prolactinoma, que requerem intervenção medicamentosa.
Conclusão: Para casos de prolactinoma, como o descrito, a cabergolina é a escolha mais adequada devido à sua eficácia na redução dos níveis de prolactina e diminuição do tamanho tumoral.
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