“Então não eram realmente os mesmos, esses negros, não tinha...
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Q533154
Museologia
“Então não eram realmente os mesmos, esses negros, não tinham as mesmas caras galhofeiras que exibiam na festa, não pertenciam a ninguém, como lá sempre pertenceriam. E pelo menos hoje podiam bater seus tambores, pois haviam ido embora o barão, a baronesa e seus convidados." (RIBEIRO, João Ubaldo. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. p.166).
O trecho da obra de João Ubaldo Ribeiro se refere a manifestações da cultura negra no Brasil, um país construído a partir de dicotomias diversas entre a cultura dita “oficial" e culturas subalternas. A constituição de um patrimônio nacional brasileiro se deu, em diversos momentos da nossa história recente, por meio da disseminação da noção contraditória de que as diferenças são compartilhadas no bojo de uma cultura única e homogênea.
Sobre o processo de legitimação do patrimônio nacional e o reconhecimento da cultura produzida pela diáspora africana no Brasil, é possível afirmar o seguinte:
O trecho da obra de João Ubaldo Ribeiro se refere a manifestações da cultura negra no Brasil, um país construído a partir de dicotomias diversas entre a cultura dita “oficial" e culturas subalternas. A constituição de um patrimônio nacional brasileiro se deu, em diversos momentos da nossa história recente, por meio da disseminação da noção contraditória de que as diferenças são compartilhadas no bojo de uma cultura única e homogênea.
Sobre o processo de legitimação do patrimônio nacional e o reconhecimento da cultura produzida pela diáspora africana no Brasil, é possível afirmar o seguinte: