Resumidamente, o que o eu lírico adora no interlocutor é a:

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Ano: 2012 Banca: IFPI Órgão: IF-PI Prova: IFPI - 2012 - IF-PI - Auxiliar Administrativo |
Q699028 Português
MADRIGAL MELANCÓLICO
 Manuel Bandeira
1. O que eu adoro em ti,
2. Não é a tua beleza.
3. A beleza, é em nós que ela existe.

4. A beleza é um conceito.
5. E a beleza é triste.
6. Não é triste em si,
7. Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.

8. O que eu adoro em ti,
9. Não é a tua inteligência.
10. Não é o teu espírito sutil,
11. Tão ágil, tão luminoso,
12. - Ave solta no céu matinal da montanha.
13. Nem a tua ciência
14. Do coração dos homens e das coisas.

15. O que eu adoro em ti,
16. Não é a tua graça musical,
17. Sucessiva e renovada a cada momento,
18. Graça aérea como o teu próprio pensamento,
19. Graça que perturba e que satisfaz.

20. O que eu adoro em ti,
21. Não é a mãe que já perdi.
22. Não é a irmã que já perdi.
23. E meu pai.

24. O que eu adoro em tua natureza,
25. Não é o profundo instinto maternal
26. Em teu flanco aberto como uma ferida.
27. Nem a tua pureza. Nem a tua impureza
28. O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me!
29. O que eu adoro em ti, é a vida.

Resumidamente, o que o eu lírico adora no interlocutor é a:
Alternativas

Gabarito comentado

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No poema "Madrigal Melancólico" de Manuel Bandeira, o eu lírico expressa o que realmente adora no interlocutor. Para resolver esta questão de interpretação de texto, devemos analisar o poema e entender o que é destacado como algo admirável.

Alternativa Correta: B - Vida

No último verso do poema, Bandeira revela que o que ele adora no interlocutor é a vida: "O que eu adoro em ti, é a vida." Isso é expresso após uma série de negações de outras qualidades, como beleza, inteligência e pureza, que o eu lírico menciona ao longo do poema.

Explicação das Alternativas:

A - Pureza: No poema, a pureza é mencionada, mas não é o que o eu lírico adora. Ele afirma: "Nem a tua pureza. Nem a tua impureza", descartando essas características.

B - Vida: Esta é a resposta correta, pois é explicitamente afirmada no verso final do poema como a característica adorada.

C - Gratidão: Gratidão não é mencionada no poema como uma característica apreciada pelo eu lírico.

D - Inteligência: A inteligência é negada como um motivo de adoração: "Não é a tua inteligência." Portanto, não é a resposta correta.

E - Beleza: A beleza também é descartada como algo que o eu lírico adora: "Não é a tua beleza." Além disso, há uma reflexão sobre a natureza frágil e incerta da beleza.

Para questões de interpretação como esta, é importante prestar atenção aos elementos de negação no texto, que muitas vezes indicam o que não é o foco do autor, e observar onde o autor faz uma afirmação positiva sobre o tema abordado.

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