“Os programas de cota são paliativos”Assinale a opção que su...
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Com base no mesmo assunto
Ano: 2017
Banca:
EDUCA
Órgão:
Prefeitura de Taperoá - PB
Prova:
EDUCA - 2017 - Prefeitura de Taperoá - PB - Agente Social |
Q2814923
Português
Texto associado
Leia o texto
e
responda as questões de 1 a 10.
O 1º lugar de medicina
da
USP é uma menina pobre e negra
A adolescente Bruna Sena tem
apenas 17 anos, mas já superou uma barreira
de gente grande: foi a primeira colocada em
medicina na USP de Ribeirão Preto, a
carreira mais concorrida da Fuvest- 2017,
com 75,58 candidatos por vaga.
Negra,
tímida, estudante de escola pública, criada
apenas pela mãe – o pai abandonou a casa
quando a menina tinha 9 meses –, Bruna é a
primeira da sua família a cursar o ensino
superior. Ela comemorou sua conquista pelo
Facebook passando um recado: “ A casa-
grande surta quando a senzala vira médica”.
De família pobre – a mãe, Dinália,
ganha R$1.400 como operadora de caixa
de supermercado – Bruna participou do
Inclusp, o
programa de inclusão social da USP, que
oferece pontuação extra para estudantes da
rede pública. “Claro que a ascensão social
do negro incomoda, assim como incomoda
quando o filho da empregada melhora de vida,
passa na Fuvest. Não posso dizer que já
sofri racismo, até porque não tinha
maturidade e conhecimento para reconhecer
atitudes racistas”, disse a caloura à Folha
de São Paulo
“Alguns se esquecem do
passado, que foram anos de escravidão e
sofrimento para os negros. Os programas de
cota são paliativos, mas precisam existir.
Não há como concorrer de igual para igual
quando não se tem oportunidade de vida
iguais. ”
Para enfrentar o vestibular,
Bruna se preparou muito, ao longo de toda
sua vida escolar. “Ela só tirava notas 9 ou
10. Uma vez, tirou um 7 e fui até a escola
para saber o que tinha acontecido. Não dava
para acreditar. Falei com o diretor e ele
descobriu que tinham trocado a nota dela com
um menino chamado Bruno”, conta a mãe,
Dinália.
No último ano, a
dedicação foi total: de manhã, Bruna ia para
a escola estadual Santos Dumont, onde
cursava o último ano do Ensino Médio, de
tarde estudava sozinha em casa e à noite
frequentava um cursinho popular tocado por
estudantes da própria USP.
Com ajuda
financeira de amigos e parentes, Bruna fazia
kumon de matemática, mas o dinheiro não deu
para seguir com o curso de
inglês. “Tudo na nossa vida foi com
muita luta, desde que ela nasceu, prematura
de sete meses, e teve de ficar internada por
28 dias. Não tenho nenhum luxo, não faço
minhas unhas, não arrumo meu cabelo. Tudo é
para a educação dela”, declara Dinália.
Bruna
ainda não sabe qual especialidade médica
pretende seguir na carreira, mas sabe que
quer atender pessoas de baixa renda.“Quero
atender pessoas que precisam de alguém para
dar a mão e de saúde de qualidade”, disse.
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06/02/2017
“Os programas de cota são paliativos”
Assinale a opção que substitui a palavra “paliativos” sem alterar o sentido da frase do texto: