Uma paciente de 43 anos de idade, em uso de quimioterapia pa...
Uma paciente de 43 anos de idade, em uso de quimioterapia para tratamento de câncer de mama, apresenta, há um dia, dispneia e dor torácica à inspiração. Nega febre e tosse. Não há alteração na ausculta pulmonar. A pressão arterial foi aferida em 100/60 mmHg; a frequência cardíaca é de 116 batimentos por minuto; a frequência respiratória é de 24 incursões por minuto; a saturação periférica de oxigênio em ar ambiente é de 91%, e a glicemia capilar é de 113 mg/dL. Não foram evidenciados estigmas de infecção.
Em relação ao caso clínico acima, qual o diagnóstico mais provável?
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Vamos analisar o tema central da questão.
O foco principal dessa questão é identificar a causa provável dos sintomas apresentados pela paciente que está em tratamento de câncer de mama e em uso de quimioterapia. Os sintomas incluem dispneia (dificuldade para respirar) e dor torácica à inspiração, sem sinais de infecção como febre ou tosse. Alguns dados vitais importantes são: pressão arterial baixa, taquicardia (frequência cardíaca elevada), taquipneia (frequência respiratória aumentada) e saturação de oxigênio reduzida. Não há estigmas de infecção.
Vamos agora identificar e justificar a alternativa correta:
Alternativa Correta: B - Tromboembolismo pulmonar (TEP)
O tromboembolismo pulmonar é uma condição em que um coágulo bloqueia uma ou mais artérias nos pulmões. Os sintomas típicos incluem dispneia súbita e dor pleurítica (dor no peito que piora ao respirar), semelhantes aos que a paciente está apresentando. Além disso, a paciente está em tratamento quimioterápico, o que aumenta o risco de trombose devido a fatores como imobilidade e efeito pró-coagulante de alguns quimioterápicos. A falta de febre e tosse faz com que infecções sejam menos prováveis.
Vamos agora examinar por que as outras alternativas estão incorretas:
A - Pneumonia: A pneumonia geralmente se apresenta com sintomas infecciosos como febre e tosse produtiva, que não estão presentes neste caso. Além disso, a ausculta pulmonar sem alterações e a ausência de estigmas de infecção tornam essa hipótese menos provável.
C - Infarto agudo do miocárdio: Embora a dor torácica possa ser um sinal de infarto, a ausência de sintomas clássicos como irradiação da dor e a presença de dispneia com dor pleurítica são mais indicativos de TEP. A paciente também não apresenta fatores de risco típicos e clássicos para um infarto, como dor que irradia para o braço esquerdo ou pescoço.
D - Asma brônquica: A asma geralmente se manifesta com sibilos e história clínica de crises de chiado no peito e não apresenta dor torácica pleurítica. A ausência de achados típicos na ausculta e a natureza súbita dos sintomas não sustentam esse diagnóstico.
E - Insuficiência cardíaca congestiva com edema pulmonar: Esta condição geralmente causa sintomas como edema periférico, dispneia progressiva e estertores na ausculta pulmonar, que não são evidentes no caso apresentado. A saturação de oxigênio e os dados clínicos também não são compatíveis com esta condição.
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