Considerando os desdobramentos históricos relacionados à Gu...
Paralelamente às consequências econômicas e políticas do colapso da URSS e da Europa Oriental, que foram mais dramáticas que as ocorridas na Europa Ocidental em fins da década de 80 do século passado, as ricas economias do capitalismo trataram a crise de forma urgente e maciça, tendo o fim da Guerra Fria sido considerado o fim de um conflito, e não o fim de uma era.
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O fim da Guerra Fria, marcado pelo colapso da URSS em 1991, foi amplamente interpretado como o encerramento de uma era histórica. Esse período simbolizou o fim do mundo bipolar e da disputa ideológica entre capitalismo e socialismo, redefinindo as relações internacionais. As economias ocidentais, especialmente os Estados Unidos, trataram o desfecho como uma vitória ideológica e uma oportunidade para expandir sua influência global. Além disso, o impacto das mudanças no Leste Europeu foi bem mais drástico do que na Europa Ocidental, devido à transição repentina para o capitalismo em sociedades que até então tinham economias centralizadas.
Gabarito - ERRADO
Indicação Bibliográfica:
Halliday, Fred. "A guerra fria e seu fim: conseqüências para a teoria das relações internacionais." Contexto Internacional 16.1 (1994).
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O colapso da União Soviética e o fim dos regimes comunistas na Europa Oriental no final da década de 1980 e início da década de 1990 tiveram consequências econômicas e políticas profundas e dramáticas nesses países. Houve transições abruptas de economias planificadas para economias de mercado, o que resultou em recessões profundas, aumento do desemprego, inflação descontrolada e queda nos padrões de vida.
Na Europa Ocidental, não ocorreram mudanças tão dramáticas nesse período. As economias ocidentais estavam estáveis e, embora também enfrentassem desafios econômicos (como qualquer economia), não sofreram rupturas estruturais como as vivenciadas no Leste Europeu.
Após o colapso da URSS e a queda do Muro de Berlim, as economias capitalistas ocidentais, lideradas pelos EUA e pela Comunidade Europeia (atual União Europeia), implementaram programas de assistência econômica e técnica aos países do Leste Europeu para apoiar suas transições para a democracia e economias de mercado. No entanto, há debates sobre se essa assistência foi verdadeiramente "urgente e maciça". Muitos criticam que a ajuda ocidental foi insuficiente frente aos desafios enfrentados pelos países em transição.
O fim da Guerra Fria é amplamente reconhecido como um marco histórico que representou não apenas o término de um conflito específico entre EUA e URSS, mas o fim de uma era marcada pela bipolaridade e pela disputa ideológica entre capitalismo e comunismo (o cientista político Francis Fukuyama publicou, em 1989, o ensaio "O Fim da História?", argumentando que a queda do comunismo poderia representar o ponto final da evolução ideológica da humanidade)
Gabarito: Errado
Simultaneamente, houve um processo de expansão da OTAN. A despeito da vitória na Guerra Fria, os EUA acharam por bem manter a OTAN em funcionamento, e não só mantendo-a como fomentando a sua expansão, uma vez que a Rússia continuava a ser vista como a principal ameaça à ordem internacional, à sua segurança e aos seus interesses. De 1990 a 2020, a OTAN saltou de 16 membros para cerca de 30. E hoje, as distâncias entre as fronteiras da OTAN e as principais cidades da Rússia – São Petersburgo e Moscou – são relativamente curtas: respectivamente 130 km e 580 km, o fim do conflito nunca foi oficialmente acabado e muito menos o fim de uma era, o que acabou foi a corrida espacial tendo os EUA como vencedores, do restante persistem até hoje indiretamente, exemplo: Ucrânia x Rússia
Os dois comentários dos colegas são bem complexos, mas acho que não são tão assertivos na resolução da questão, então vou dar minha visão:
A Guerra Fria foi um embate geopolítico entre dois blocos de pensamento político e econômico antagônicos. O fim da Guerra Fria é o fim de uma Era, em que o socialismo real tinha possibilidade de se sobressair perante o capitalismo. Com o fim da URSS, temos o fim da Guerra Fria e por conseguinte a vitória do capitalismo sobre o socialismo no mundo.
Basta lembrar que o Hobsbawm conclui o livro "Era dos Extremos" com a queda da União Soviética. Já que esse autor é um dos mais consagrados para o estudo para o CACD, fica fácil acertar.
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