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Q1335118 Medicina Legal
O diagnóstico diferencial entre as lesões produzidas em vida ou depois da morte possibilita a elucidação de muitas questões que possam surgir como decorrência das mais diversas modalidades de traumas, mortais ou não, proposital ou acidentalmente, em problemas que envolvem assuntos de traumatologia, sexologia, infortunística e tanatologia. São características de lesões in vitam, EXCETO:
Alternativas

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Alternativa Correta: D - Incoagubilidade sanguínea (sinal de Donné)

Vamos entender melhor o tema da questão: a diferenciação entre lesões produzidas em vida (in vitam) e lesões produzidas após a morte é crucial na Medicina Legal, especificamente na Tanatologia Forense. Essa diferenciação ajuda a esclarecer como e quando uma lesão foi realizada, podendo ser determinante em investigações criminais.

Características de lesões in vitam:

Evolução dos calos de fratura: A presença de calos ósseos indica que houve um processo de cicatrização óssea, o que só pode ocorrer se a pessoa ainda estava viva.

Escoriações com presença de crosta: As escoriações apresentam crostas formadas pela coagulação do sangue e pela reação inflamatória, sugerindo que a lesão aconteceu enquanto a pessoa estava viva.

Infiltração hemorrágica dos tecidos moles: A presença de sangue infiltrado nos tecidos indica uma resposta vital ao trauma, já que o sistema circulatório estava ativo no momento da lesão.

Ferimento com bordas alargadas em virtude da retração de tecidos: Quando há retração dos tecidos ao redor de um ferimento, é um sinal de que houve uma resposta vital, como a contração muscular, ocorrendo enquanto a pessoa estava viva.

Explicação da Alternativa Correta:

Incoagubilidade sanguínea (sinal de Donné): A incoagubilidade do sangue é uma característica que pode ocorrer após a morte, pois o sangue tende a coagular enquanto o organismo está vivo. Portanto, a presença de sangue não coagulado pode indicar que a lesão foi infligida post mortem.

Justificativa das Alternativas Incorretas:

A - Evolução dos calos de fratura: Essa evolução só ocorre com processos de cicatrização que são possíveis enquanto a pessoa ainda está viva.

B - Escoriações com presença de crosta: A formação de crosta em escoriações é um processo vital que resulta da coagulação do sangue e da resposta inflamatória.

C - Infiltração hemorrágica dos tecidos moles: A infiltração de sangue nos tecidos é um indício de que a lesão ocorreu enquanto a vítima estava viva.

E - Ferimento com bordas alargadas em virtude da retração de tecidos: A retração dos tecidos ao redor de um ferimento ocorre devido à contração muscular e à resposta vital do organismo, indicando que a lesão foi infligida em vida.

Espero que essa explicação tenha ajudado a esclarecer suas dúvidas sobre a diferenciação entre lesões in vitam e post mortem! Caso tenha mais perguntas, estou à disposição para ajudar. Bons estudos!

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Algumas características de lesões em vida:

Sangue coagulado

Retração dos tecidos (bordas afastadas)

Espectro equimótico (equimoses)

Crosta das escoriações

Reações inflamatórias, embolias, evolução dos calos

Reações das zonas de queimaduras.

Presença de malhas e fibrina

Infiltração hemorrágica

Sinais de transformação de hemoglobina

Ausência de meta-hemoglobina

Material Mege

Sinal de Donne - incoagulabilidade do sangue é um sinal de morte.

Sinal de Ambroise Paré: Pele enrugada e escoriada do fundo do sulco. Luxação da 2ª vértebra cervical.

Sinal de Amussat: Constituído da seção transversal da túnica íntima da artéria carótida comum nas proximidades de sua bifurcação.

Sinal de Azevedo Neves: livores punctiformes por cima e por baixo das bordas do sulco.

Sinal de Berg: determinação das fosfatases = 77,1 mg. VN= 12,1 mg.

Sinal de Bernt: contração delicada dos músculos eretores dos pelos, tornando os folículos desses pelos salientes (“pele de galinha”).

Sinal de Bonnet: marcas da trama do laço.

Sinal de Bonnet: Rotura das cordas vocais.

Sinal de Boudinier e Levasseur: Aplicação de uma ventosa sobre a região epigástrica, surgindo reação no vivo em face do esvaziamento capilar.

Sinal de Brouardel: equimoses retrofaríngeas.

Sinal de Dotto: Rotura da bainha mielínica do vago.

Sinal de Friedberg : sufusão hemorrágica da túnica externa da carótida comum.

Sinal de Hoffmann-Haberda: infiltração hemorrágica dos músculos cervicais.

Sinal de Lesser: vesículas sanguinolentas no fundo do sulco; ruptura da túnica íntima da artéria

carótida interna ou externa; ruptura transversal e hemorragia do músculo tino hióideo.

Sinal de Montalti - presença de fuligem ao longo das vias respiratórias.

Sinal de Morestin - máscara equimótica da face ou cianose céfalo-cervical.

Sinal de Morgagni, Valsalva, Orfila, Roemmer: fratura do corpo hióide.

Sinal de Morgagni: fratura da apófise odontóide do áxis fratura do corpo de C1 e C2.

Sinal de Neyding: infiltrações hemorrágicas punctiformes no fundo do sulco.

Sinal de Ponsold: livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das bordas do sulco.

Sinal de Ripault - após 8 horas da morte, exercendo-se a pressão digital lateralmente no globo ocular, pode ocorrer a deformação da Íris e da pupila.

Sinal de Strassmann: fraturas perfurante (afundamento ósseo) produzidas por martelo.

Sinal de Valentin - aumento do volume e distensão acentuada dos pulmões.

Sinal de Ziemke: Solução de continuidade da túnica interna das veias jugulares.

Sinal do “mapa-múndi” de Carrara: afundamento parcial e uniforme com inúmeras fissuras, em forma de arcos e meridianos.

Sinal e Thoinot: Zona violácea ao nível das bordas do sulco.

Sinal de Haller: Aumento de volume, rede venosa superficial.

Sinal de Klüge: cianose vulvar.

Sinal de Mac Donal: Flexibilidade do istmo uterino.

Sinal de Oseander: pulsação vaginal, redução das dimensões do colo uterino, redução dos fundos de sacos vaginais.

Sinal de Puzos: Rechaço vaginal.

Sinal de Reil-Hegar: depressibilidade do istmo.

Prova da Fenolftaleína - A injeção subcutânea braquial produz pseudo-icterícia bulbar no vivo.

Sinal de Horner: (assimetria da calvária)

Sinal de Spalding: Cavalgamento dos ossos cranianos.

Sinal de Spander: (achatamento da calvária)

Circulação Póstuma de Brouardel - Quando todo o corpo está em decomposição, impregnado de uma mancha verde, e ocorre a epidermólise, surgem desenhos vasculares, em forma arborescente (período gasoso da putrefação).

Docimásia Hidrostática de Galeno - Teste de imersão dos pulmões para ver se o feto respirou ou não, sendo positivo na flutuação em água, considerando-se a flutuação do bloco respiratório, de cubos de pulmão e de um cubo após a compressão submersa.

Marcas de França - Marca ungueal na túnica interna da carótida que aparece, com freqüência muito baixa, nos cadáveres vítimas de esganadura.

Pia Pascal - sinal das quatro fraturas = fratura dos terços inferiores das pernas, dos terços médios dos braços.

Prova de Verderau - Consiste na comparação da relação existente entre glóbulos brancos e vermelhos de uma lesão (em vida e depois da morte) com a relação existente com os glóbulos brancos e vermelhos no sangue.

Prova do Acetato de Chumbo - Um papel molhado de Acetato de Chumbo fica escuro em contato com a emanação do gás sulfídrico do cadáver.

Prova do Alfa-Naftil-Amina - Um papel molhado com a Alfa-Naftil-Amina fica vermelho em contato com os resíduos sulfurados e nitratos da pólvora combustão.

Prova ou reação de Colossanti - O macerato é tratado com 10 gotas de sulfato de cobre a 2%. O resultado positivo é indicado pela coloração verde-esmeralda. Esta prova é usada para identificar manchas de saliva.

Prova para mancha de Sangue - Cristais de Strzyzowski: macerato ou raspas da mancha sobre lâmina recoberta de lamínula, reativo (partes iguais de álcool, água destilada, ácido acético e duas partes de iodo hídrico) no calor até a ebulição. Positiva quando aparecem cristais rombóides, de cor acaju de pequeno tamanho. Esta prova é sensível, podendo ser usada em manchas velhas com resultados satisfatórios.

Sinal de Stenon Louis - fino véu (poeira) que recobre a superfície da córnea.

Sinal da forcipressão química de Icard - Pinça-se a pele, flui uma serosidade que no vivo é alcalina (neutra) e no morto é ácida.

Sinal da Linha Argêntea - Escoriação produzida por um laço no fundo de um sulco.

Sinal de abdução do pé - O pé virado para fora é indicativo de fratura femural.

Sinal de Amussat-Hoffman - Solução de continuidade disposta na túnica íntima ou interna, junto à bifurcação da carótida (enforcamento).

Sinal de Benassi - Impregnação de pólvora e chumbo na tábua óssea do crânio nos tiros

disparados à curta distância ou encostados.

Sinal de Bonnet - Também conhecido como sinal do “EMBUDO” OU SINAL DO FUNIL, caracteriza o orifício de entrada e de saída em tábua óssea do crânio.

Sinal de Brissemoret - Anebard - Faz-se biópsia de fígado e baço com um trocador e constatase a sua acidez com papel de tornassol.

Sinal de Chambert - Bolhas ou flictemas que aparecem nas queimaduras de 2º grau.

Sinal de Chistinson - Eritema que aparece nas áreas de queimaduras de 1º grau.

Sinal de De-Dominices - É o mesmo princípio do sinal antes citado, sendo que se escarifica a pele (abdome).

Sinal de Devergie - Posição de boxeador, assumida pelos cadáveres vítimas de queimaduras graves e carbonização.

Sinal de Friedberg - Sufusão sangüínea da túnica externa ou adventícia da carótida primitiva (enforcamento).

Sinal de Hoffmann - Caverna formada no subcutâneo, pela expansão de gases nos tiros disparados com o cano da arma encostado à pele.

Sinal de Imbert - Coloca-se o paciente em repouso e contam-se as pulsações radicais. Em seguida, manda-se que ele fique apoiado na referida perna ou que segure um peso com o braço

ofendido. Quando a dor alegada é real, há aumento das pulsações.

Sinal de Janezic-Jelacic - Diferencia as queimaduras pós morte e vital, por esta última apresentar exsudato leucocitário na zona atingida.

Sinal de Labord - Introduz-se uma agulha de aço bem polida no tecido e após 30 min., retira-se a agulha. No caso de morte, permanece o brilho metálico.

Sinal de Lecha-Marzo - Coloca-se nos globos oculares o papel azul de tornassol. Fecham-se as pálpebras por 3 minutos. Se há acidez (morte), há mudança de tonalidade.

Sinal de Levi - Contração da pupila ao pressionar-se um ponto doloroso no corpo do paciente.

Sinal de Levi - Pede-se ao examinado que olhe a distância, e, no local referido como ponto doloroso, faz-se uma compressão quando a dor existe, verificam-se contrações e dilatações das

pupilas.

Sinal de Lichtemberg - Lesão arboriforme ou dardítica correspondendo à passagem de corrente elétrica naquele segmento anatômico.

Sinal de Mankof - Contagem prévia do pulso radial, compressão no ponto doloroso, e nova contagem do pulso. Na existência de dor há aumento dos batimentos.

Sinal de Morell-Lavellé - Derrames linfáticos produzidos quando de contusões tangenciais ou escoriações produzidas em vida.

Sinal de Müller - Marca-se a região onde a dor é referida. Comprime com o dedo o ponto que não seja sensível, a dor rapidamente passa ao comprimir o ponto doloroso. Quando há simulação o

paciente não percebe a mudança.

Sinal de Nerio Rojas - Também conhecido como sinal do dilaceramento crucial, que se caracteriza pelo rasgão em forma de cruz, no orifício de entrada de projétil de arma-de-fogo causado

no tecido da roupa.

Sinal de Niles - Hemorragia petrosa do temporal (rochedo) que aparece com certa freqüência no afogamento.

Sinal de Paltauf - Manchas equimóticas subserosas (asfixias, mais freqüentes no afogamento).

Sinal de Puppe Werkgartner - Marca do cano da arma tatuada ao redor do orifício nos tiros encostados.

Sinal de Rebouillat - abolição da motilidade e do tônus muscular ( 1 ml éter + ácido picnico = ( IM = coxa)

Sinal de Romberg - Desequilíbrio do corpo quando o paciente é colocado em posição ereta com

os calcanhares unidos e olhos fechados, usado de rotina nas perícias de embriaguez.

Sinal de Sílvio Rebelo - Introduz-se um fio corado pelo azul de tornassol, através de uma agulha, numa dobra de pele e o fio fica amarelado se há acidez (morte).

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