O diagnóstico diferencial entre as lesões produzidas em vida...
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Alternativa Correta: D - Incoagubilidade sanguínea (sinal de Donné)
Vamos entender melhor o tema da questão: a diferenciação entre lesões produzidas em vida (in vitam) e lesões produzidas após a morte é crucial na Medicina Legal, especificamente na Tanatologia Forense. Essa diferenciação ajuda a esclarecer como e quando uma lesão foi realizada, podendo ser determinante em investigações criminais.
Características de lesões in vitam:
Evolução dos calos de fratura: A presença de calos ósseos indica que houve um processo de cicatrização óssea, o que só pode ocorrer se a pessoa ainda estava viva.
Escoriações com presença de crosta: As escoriações apresentam crostas formadas pela coagulação do sangue e pela reação inflamatória, sugerindo que a lesão aconteceu enquanto a pessoa estava viva.
Infiltração hemorrágica dos tecidos moles: A presença de sangue infiltrado nos tecidos indica uma resposta vital ao trauma, já que o sistema circulatório estava ativo no momento da lesão.
Ferimento com bordas alargadas em virtude da retração de tecidos: Quando há retração dos tecidos ao redor de um ferimento, é um sinal de que houve uma resposta vital, como a contração muscular, ocorrendo enquanto a pessoa estava viva.
Explicação da Alternativa Correta:
Incoagubilidade sanguínea (sinal de Donné): A incoagubilidade do sangue é uma característica que pode ocorrer após a morte, pois o sangue tende a coagular enquanto o organismo está vivo. Portanto, a presença de sangue não coagulado pode indicar que a lesão foi infligida post mortem.
Justificativa das Alternativas Incorretas:
A - Evolução dos calos de fratura: Essa evolução só ocorre com processos de cicatrização que são possíveis enquanto a pessoa ainda está viva.
B - Escoriações com presença de crosta: A formação de crosta em escoriações é um processo vital que resulta da coagulação do sangue e da resposta inflamatória.
C - Infiltração hemorrágica dos tecidos moles: A infiltração de sangue nos tecidos é um indício de que a lesão ocorreu enquanto a vítima estava viva.
E - Ferimento com bordas alargadas em virtude da retração de tecidos: A retração dos tecidos ao redor de um ferimento ocorre devido à contração muscular e à resposta vital do organismo, indicando que a lesão foi infligida em vida.
Espero que essa explicação tenha ajudado a esclarecer suas dúvidas sobre a diferenciação entre lesões in vitam e post mortem! Caso tenha mais perguntas, estou à disposição para ajudar. Bons estudos!
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Algumas características de lesões em vida:
Sangue coagulado
Retração dos tecidos (bordas afastadas)
Espectro equimótico (equimoses)
Crosta das escoriações
Reações inflamatórias, embolias, evolução dos calos
Reações das zonas de queimaduras.
Presença de malhas e fibrina
Infiltração hemorrágica
Sinais de transformação de hemoglobina
Ausência de meta-hemoglobina
Material Mege
Sinal de Donne - incoagulabilidade do sangue é um sinal de morte.
Sinal de Ambroise Paré: Pele enrugada e escoriada do fundo do sulco. Luxação da 2ª vértebra cervical.
Sinal de Amussat: Constituído da seção transversal da túnica íntima da artéria carótida comum nas proximidades de sua bifurcação.
Sinal de Azevedo Neves: livores punctiformes por cima e por baixo das bordas do sulco.
Sinal de Berg: determinação das fosfatases = 77,1 mg. VN= 12,1 mg.
Sinal de Bernt: contração delicada dos músculos eretores dos pelos, tornando os folículos desses pelos salientes (“pele de galinha”).
Sinal de Bonnet: marcas da trama do laço.
Sinal de Bonnet: Rotura das cordas vocais.
Sinal de Boudinier e Levasseur: Aplicação de uma ventosa sobre a região epigástrica, surgindo reação no vivo em face do esvaziamento capilar.
Sinal de Brouardel: equimoses retrofaríngeas.
Sinal de Dotto: Rotura da bainha mielínica do vago.
Sinal de Friedberg : sufusão hemorrágica da túnica externa da carótida comum.
Sinal de Hoffmann-Haberda: infiltração hemorrágica dos músculos cervicais.
Sinal de Lesser: vesículas sanguinolentas no fundo do sulco; ruptura da túnica íntima da artéria
carótida interna ou externa; ruptura transversal e hemorragia do músculo tino hióideo.
Sinal de Montalti - presença de fuligem ao longo das vias respiratórias.
Sinal de Morestin - máscara equimótica da face ou cianose céfalo-cervical.
Sinal de Morgagni, Valsalva, Orfila, Roemmer: fratura do corpo hióide.
Sinal de Morgagni: fratura da apófise odontóide do áxis fratura do corpo de C1 e C2.
Sinal de Neyding: infiltrações hemorrágicas punctiformes no fundo do sulco.
Sinal de Ponsold: livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das bordas do sulco.
Sinal de Ripault - após 8 horas da morte, exercendo-se a pressão digital lateralmente no globo ocular, pode ocorrer a deformação da Íris e da pupila.
Sinal de Strassmann: fraturas perfurante (afundamento ósseo) produzidas por martelo.
Sinal de Valentin - aumento do volume e distensão acentuada dos pulmões.
Sinal de Ziemke: Solução de continuidade da túnica interna das veias jugulares.
Sinal do “mapa-múndi” de Carrara: afundamento parcial e uniforme com inúmeras fissuras, em forma de arcos e meridianos.
Sinal e Thoinot: Zona violácea ao nível das bordas do sulco.
Sinal de Haller: Aumento de volume, rede venosa superficial.
Sinal de Klüge: cianose vulvar.
Sinal de Mac Donal: Flexibilidade do istmo uterino.
Sinal de Oseander: pulsação vaginal, redução das dimensões do colo uterino, redução dos fundos de sacos vaginais.
Sinal de Puzos: Rechaço vaginal.
Sinal de Reil-Hegar: depressibilidade do istmo.
Prova da Fenolftaleína - A injeção subcutânea braquial produz pseudo-icterícia bulbar no vivo.
Sinal de Horner: (assimetria da calvária)
Sinal de Spalding: Cavalgamento dos ossos cranianos.
Sinal de Spander: (achatamento da calvária)
Circulação Póstuma de Brouardel - Quando todo o corpo está em decomposição, impregnado de uma mancha verde, e ocorre a epidermólise, surgem desenhos vasculares, em forma arborescente (período gasoso da putrefação).
Docimásia Hidrostática de Galeno - Teste de imersão dos pulmões para ver se o feto respirou ou não, sendo positivo na flutuação em água, considerando-se a flutuação do bloco respiratório, de cubos de pulmão e de um cubo após a compressão submersa.
Marcas de França - Marca ungueal na túnica interna da carótida que aparece, com freqüência muito baixa, nos cadáveres vítimas de esganadura.
Pia Pascal - sinal das quatro fraturas = fratura dos terços inferiores das pernas, dos terços médios dos braços.
Prova de Verderau - Consiste na comparação da relação existente entre glóbulos brancos e vermelhos de uma lesão (em vida e depois da morte) com a relação existente com os glóbulos brancos e vermelhos no sangue.
Prova do Acetato de Chumbo - Um papel molhado de Acetato de Chumbo fica escuro em contato com a emanação do gás sulfídrico do cadáver.
Prova do Alfa-Naftil-Amina - Um papel molhado com a Alfa-Naftil-Amina fica vermelho em contato com os resíduos sulfurados e nitratos da pólvora combustão.
Prova ou reação de Colossanti - O macerato é tratado com 10 gotas de sulfato de cobre a 2%. O resultado positivo é indicado pela coloração verde-esmeralda. Esta prova é usada para identificar manchas de saliva.
Prova para mancha de Sangue - Cristais de Strzyzowski: macerato ou raspas da mancha sobre lâmina recoberta de lamínula, reativo (partes iguais de álcool, água destilada, ácido acético e duas partes de iodo hídrico) no calor até a ebulição. Positiva quando aparecem cristais rombóides, de cor acaju de pequeno tamanho. Esta prova é sensível, podendo ser usada em manchas velhas com resultados satisfatórios.
Sinal de Stenon Louis - fino véu (poeira) que recobre a superfície da córnea.
Sinal da forcipressão química de Icard - Pinça-se a pele, flui uma serosidade que no vivo é alcalina (neutra) e no morto é ácida.
Sinal da Linha Argêntea - Escoriação produzida por um laço no fundo de um sulco.
Sinal de abdução do pé - O pé virado para fora é indicativo de fratura femural.
Sinal de Amussat-Hoffman - Solução de continuidade disposta na túnica íntima ou interna, junto à bifurcação da carótida (enforcamento).
Sinal de Benassi - Impregnação de pólvora e chumbo na tábua óssea do crânio nos tiros
disparados à curta distância ou encostados.
Sinal de Bonnet - Também conhecido como sinal do “EMBUDO” OU SINAL DO FUNIL, caracteriza o orifício de entrada e de saída em tábua óssea do crânio.
Sinal de Brissemoret - Anebard - Faz-se biópsia de fígado e baço com um trocador e constatase a sua acidez com papel de tornassol.
Sinal de Chambert - Bolhas ou flictemas que aparecem nas queimaduras de 2º grau.
Sinal de Chistinson - Eritema que aparece nas áreas de queimaduras de 1º grau.
Sinal de De-Dominices - É o mesmo princípio do sinal antes citado, sendo que se escarifica a pele (abdome).
Sinal de Devergie - Posição de boxeador, assumida pelos cadáveres vítimas de queimaduras graves e carbonização.
Sinal de Friedberg - Sufusão sangüínea da túnica externa ou adventícia da carótida primitiva (enforcamento).
Sinal de Hoffmann - Caverna formada no subcutâneo, pela expansão de gases nos tiros disparados com o cano da arma encostado à pele.
Sinal de Imbert - Coloca-se o paciente em repouso e contam-se as pulsações radicais. Em seguida, manda-se que ele fique apoiado na referida perna ou que segure um peso com o braço
ofendido. Quando a dor alegada é real, há aumento das pulsações.
Sinal de Janezic-Jelacic - Diferencia as queimaduras pós morte e vital, por esta última apresentar exsudato leucocitário na zona atingida.
Sinal de Labord - Introduz-se uma agulha de aço bem polida no tecido e após 30 min., retira-se a agulha. No caso de morte, permanece o brilho metálico.
Sinal de Lecha-Marzo - Coloca-se nos globos oculares o papel azul de tornassol. Fecham-se as pálpebras por 3 minutos. Se há acidez (morte), há mudança de tonalidade.
Sinal de Levi - Contração da pupila ao pressionar-se um ponto doloroso no corpo do paciente.
Sinal de Levi - Pede-se ao examinado que olhe a distância, e, no local referido como ponto doloroso, faz-se uma compressão quando a dor existe, verificam-se contrações e dilatações das
pupilas.
Sinal de Lichtemberg - Lesão arboriforme ou dardítica correspondendo à passagem de corrente elétrica naquele segmento anatômico.
Sinal de Mankof - Contagem prévia do pulso radial, compressão no ponto doloroso, e nova contagem do pulso. Na existência de dor há aumento dos batimentos.
Sinal de Morell-Lavellé - Derrames linfáticos produzidos quando de contusões tangenciais ou escoriações produzidas em vida.
Sinal de Müller - Marca-se a região onde a dor é referida. Comprime com o dedo o ponto que não seja sensível, a dor rapidamente passa ao comprimir o ponto doloroso. Quando há simulação o
paciente não percebe a mudança.
Sinal de Nerio Rojas - Também conhecido como sinal do dilaceramento crucial, que se caracteriza pelo rasgão em forma de cruz, no orifício de entrada de projétil de arma-de-fogo causado
no tecido da roupa.
Sinal de Niles - Hemorragia petrosa do temporal (rochedo) que aparece com certa freqüência no afogamento.
Sinal de Paltauf - Manchas equimóticas subserosas (asfixias, mais freqüentes no afogamento).
Sinal de Puppe Werkgartner - Marca do cano da arma tatuada ao redor do orifício nos tiros encostados.
Sinal de Rebouillat - abolição da motilidade e do tônus muscular ( 1 ml éter + ácido picnico = ( IM = coxa)
Sinal de Romberg - Desequilíbrio do corpo quando o paciente é colocado em posição ereta com
os calcanhares unidos e olhos fechados, usado de rotina nas perícias de embriaguez.
Sinal de Sílvio Rebelo - Introduz-se um fio corado pelo azul de tornassol, através de uma agulha, numa dobra de pele e o fio fica amarelado se há acidez (morte).
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