A grande crítica que se faz ao Estado normal é que, embora n...

Próximas questões
Com base no mesmo assunto
Q28948 Relações Internacionais
O Estado desenvolvimentista, de características tradicionais,
reforça o aspecto nacional e autônomo da política exterior. Trata-se do
Estado empresário que arrasta a sociedade no caminho do
desenvolvimento nacional mediante a superação de dependências
econômicas estruturais e a autonomia de segurança. O Estado normal,
invenção latino-americana dos anos noventa, foi assim denominado pelo
expoente da comunidade epistêmica argentina, Domingo Cavallo, em
1991, quando era ministro das Relações Exteriores do governo de
Menem. Aspiram a ser normais os governos latino-americanos que se
instalaram em 1989-90 na Argentina, Brasil, Peru, Venezuela, México
e outros países menores. O terceiro é o paradigma do Estado logístico,
que fortalece o núcleo nacional, transferindo à sociedade
responsabilidades empreendedoras e ajudando-a a operar no exterior,
de modo a equilibrar os benefícios da interdependência mediante um
tipo de inserção madura no mundo globalizado.

Amado Luiz Cervo. Relações internacionais do Brasil: um balanço da era Cardoso.
In: Revista Brasileira de Política Internacional, ano 45, n.o. 1, 2002, p. 6-7 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a
abrangência do tema nele focalizado, julgue os itens seguintes.
A grande crítica que se faz ao Estado normal é que, embora não seja subserviente em relação ao centro hegemônico do sistema capitalista e não fragmente nem aliene o setor central mais vigoroso da economia nacional, acaba por transferir muita renda para o exterior e, com isso, interfere negativamente no dinamismo da economia nacional.
Alternativas

Comentários

Veja os comentários dos nossos alunos

A crítica do professor Amado Luiz Cervo é justamente com relação a uma referida subserviência do Estado que adota o chamado “Paradigma Normal” em relação ao centro hegemônico do sistema capitalista, o que geraria uma fragmentação e alienação do “setor central mais vigoroso” da economia nacional, trazendo então desequilíbrio estrutural e uma inserção imatura no mercado mundial.


Fonte: CERVO, Amado; BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. 2. Ed. Brasília; Universidade de Brasília, 2002.

O Estado normal é subserviente em relação ao centro hegemônico!
Designações deste período

Amado Cervo: Estado Normal (1990-2002) ou Estado NeoLiberal.
Obs: O termo "Estado Normal" foi criado em 1991 pelo argentino Domingo Cavallo
Amado Cervo: Dança dos Paradigmas (Governo Collor)
Tullio Vigevani: Autonomia pela participação (1990-2002).

A grande crítica que se faz ao Estado normal é que, embora não seja subserviente (ele é subserviente) em relação ao centro hegemônico do sistema capitalista e não fragmente nem aliene (fragmenta e aliena o setor) o setor central mais vigoroso da economia nacional, acaba por transferir muita renda para o exterior e, com isso, interfere negativamente no dinamismo da economia nacional.

Clique para visualizar este comentário

Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo