No Brasil, estima-se que 0,4% das gestantes sejam soropositi...
I. A carga viral elevada é destacada como principal fator de risco para transmissão vertical do HIV. II. O diagnóstico definitivo da infecção pelo HIV deve ser informado à puérpera que foi submetida ao teste rápido de HIV após a alta hospitalar, durante a 1ª consulta de pós-natal. III. A cesárea eletiva deve ser realizada na 38ª semana de gestação, a fim de evitar que a gestante entre em trabalho de parto, ou ocorra a ruptura prematura das membranas. IV. O clampeamento do cordão umbilical deverá ser realizado imediatamente após a retirada do RN, e, em seguida, iniciar a primeira dose do AZT oral, ainda na sala de parto ou nas primeiras 6 horas após o nascimento. V. Após o parto, recomenda-se a utilização de cabergolina para inibição de lactação, sem que seja necessário o enfaixamento das mamas.
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A alternativa correta é B - I, III e V.
Vamos analisar cada uma das afirmativas para entender por que algumas estão corretas e outras não:
I. A carga viral elevada é destacada como principal fator de risco para transmissão vertical do HIV.
Essa afirmativa está correta. O risco de transmissão vertical do HIV está diretamente relacionado à carga viral da gestante. Quanto maior a carga viral, maior o risco de transmissão para o bebê. Portanto, a redução da carga viral é essencial na prevenção dessa transmissão.
II. O diagnóstico definitivo da infecção pelo HIV deve ser informado à puérpera que foi submetida ao teste rápido de HIV após a alta hospitalar, durante a 1ª consulta de pós-natal.
Essa afirmativa está incorreta. O protocolo preconiza que o resultado de um teste rápido deve ser informado à paciente o mais rápido possível, ainda durante a internação, com a devida orientação e apoio psicológico, se necessário. Isso permite o início imediato das medidas de prevenção e tratamento, evitando atrasos.
III. A cesárea eletiva deve ser realizada na 38ª semana de gestação, a fim de evitar que a gestante entre em trabalho de parto, ou ocorra a ruptura prematura das membranas.
Correto. A cesárea eletiva programada na 38ª semana é uma prática recomendada para reduzir o risco de transmissão vertical do HIV, especialmente se a carga viral não estiver indetectável, evitando situações de risco como o trabalho de parto ativo ou ruptura das membranas.
IV. O clampeamento do cordão umbilical deverá ser realizado imediatamente após a retirada do RN, e, em seguida, iniciar a primeira dose do AZT oral, ainda na sala de parto ou nas primeiras 6 horas após o nascimento.
Embora o AZT deva ser administrado nas primeiras horas de vida do recém-nascido, o protocolo atual recomenda que o clampeamento do cordão umbilical não precisa ser necessariamente imediato, podendo ser feito de forma rotineira, pois o tempo de clampeamento não afeta significativamente o risco de transmissão do HIV. Portanto, essa afirmativa tem um erro em relação ao clampeamento imediato como uma medida obrigatória.
V. Após o parto, recomenda-se a utilização de cabergolina para inibição de lactação, sem que seja necessário o enfaixamento das mamas.
Correto. A cabergolina é utilizada para inibir a lactação em mães soropositivas, pois a amamentação é uma via de transmissão do HIV. O enfaixamento das mamas não é mais uma prática recomendada, pois pode causar desconforto e não é necessário quando a cabergolina é administrada.
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IV - Iniciar a primeira dose do AZT solução oral (preferencialmente ainda na sala de parto), logo após os cuidados imediatos ou nas primeiras 4 horas após o nascimento
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais - 20/08/18
inibição farmacológica da lactação deve ser realizada imediatamente após o parto, utilizando-se cabergolina 1mg VO, em dose única (dois comprimidos de 0,5mg VO), administrada antes da alta hospitalar
Enfaixamento das mamas
Deve ser realizado apenas na ausência dos inibidores de lactação farmacológicos. Os serviços de saúde devem se organizar para oferecer a cabergolina em tempo oportuno.
O procedimento consiste em realizar compressão das mamas com atadura, imediatamente após o parto, com o cuidado de não restringir os movimentos respiratórios ou causar desconforto materno.
O enfaixamento é recomendado por um período de dez dias, evitando-se a manipulação e estimulação das mamas. A adesão é baixa, especialmente em países de clima quente, e sua efetividade é questionável
Mesmo que a mãe não tenha recebido anti-retrovirais, deve ser iniciada a quimioprofilaxia do recém-nascido de puérpera portadora de HIV com a Zidovudina (AZT) imediatamente após o nascimento (ainda na sala de parto ou nas duas primeiras horas de vida), podendo ser iniciada dentro das primeiras oito horas de vida, caso a parturiente tenha recebido este medicamento durante o trabalho de parto. Não há comprovação de benefícios do início da quimioprofilaxia com a zidovudina após 48 horas do nascimento. A dose recomendada é de 2mg/kg/dose de AZT (0,2ml/kg/ dose), VO, de seis em seis horas durante seis semanas (42 dias).
FONTE:
O início da profilaxia antirretroviral, indicada para todas as crianças expostas ao HIV, deve ocorrer ainda na sala de parto após os cuidados imediatos, de preferência nas primeiras quatro horas após o nascimento.
Qual o erro da II?
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