Judith Butler, que se destaca como uma das principais  autor...

Alternativa Correta: D

Judith Butler é uma filósofa e teórica do gênero cuja obra é central para os estudos de gênero e teoria queer. Butler argumenta que o gênero não é algo que nascemos com, mas algo que é performativo. Ou seja, o gênero se manifesta através de atos repetitivos e comportamentos que são socialmente construídos e regulamentados.

Agora, vamos analisar cada uma das alternativas:

Alternativa A: "gênero é o conjunto dos sentidos dinâmicos construídos nas relações de poder que sustentam as interações entre homens e mulheres e que se assenta sobre a diferença sexual natural."
Essa opção está incorreta porque, embora mencione a construção de relações de poder, ela ainda se baseia na ideia de uma "diferença sexual natural", algo que Judith Butler questiona. Para Butler, gênero não é ancorado em uma diferença sexual biológica essencial.

Alternativa B: "gênero é o resultado das pressões ambientais e socializatórias normais heterossexuais decorrente da prevalência do significante falo."
Essa opção está incorreta porque se alinha mais com a teoria psicanalítica da sexualidade de Freud e Lacan, que coloca ênfase no "significante falo". Butler, por outro lado, rejeita essas concepções normativas da sexualidade e do gênero.

Alternativa C: "a sexualidade seria uma extensão da natureza biológica (anatômica) que garante (pela complementaridade) a perpetuação da espécie."
Essa opção está incorreta porque sugere que a sexualidade é derivada diretamente da biologia. Judith Butler argumenta que tanto a sexualidade quanto o gênero são construções sociais e não meras extensões da biologia.

Alternativa D: "gênero se define como ato performativo de nomeação que faz existir a diferença anatômica/sexual e as possibilidades de relações entre os seres humanos."
Essa opção está correta porque reflete precisamente a teoria de Judith Butler sobre gênero como um ato performativo. Segundo Butler, o gênero é um ato contínuo de performatividade que cria a ilusão de uma identidade de gênero estável.

Alternativa E: "os gêneros (masculino/ feminino) e seus papéis decorrem da existência de sexos biológicos (macho/fêmea) que se complementam para perpetuação da espécie humana."
Essa opção está incorreta porque se baseia na ideia essencialista de que os gêneros derivam dos sexos biológicos e que existem para a perpetuação da espécie. Judith Butler argumenta contra essa visão, enfatizando a construção social e performativa do gênero.

Espero que essa explicação tenha clarificado as teorias de Judith Butler e ajudado no entendimento da questão. Se precisar de mais alguma coisa, estou à disposição!

O gênero é uma estilização repetida do corpo, um conjunto de atos repetidos no interior de uma estrutura reguladora altamente rígida, que se cristaliza no tempo para produzir a aparência de uma substância, de uma classe natural de ser. ( BUTLER , 2003, p. 59).

Butler define gênero : “O gênero não é inscrito no corpo passivamente, nem é determinado pela natureza, pela linguagem, pelo simbólico, ou pela história assoberbante do patriarcado. O gênero é aquilo que fortalece, invariavelmente, sob coação, diária e incessantemente, com inquietação e prazer.

Performatividade é reiterar ou repetir as normas mediante as quais nos constituímos : não se trata de uma produção radical de um sujeito sexualmente genérico. É uma repetição obrigatória de normas anteriores que são específicas o sujeito, normas que não se podem descartar por vontade própria (Butler, 2002.