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Em 2017, uma minoria mais rica formada por 10% dos brasileiros detinha 43,3% da renda total do país. Na outra ponta, os 10% mais pobres detinham apenas 0,7% da renda total. A concentração da renda é semelhante à observada na pesquisa anterior, de 2016. Naquele ano, 43,4% da renda estava nas mãos dos 10% mais ricos e 0,8%, nas mãos dos 10% mais pobres. Considerando apenas os 1% que ficam no topo, a renda média foi de R$ 27.213 por mês -36,1 vezes a média recebida pela metade mais pobre da população, que ganhava R$ 754 por mês. A desigualdade é maior na região Nordeste, onde a razão foi de 44,9 vezes, e menor na Sul (25). Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) se referem ao ano passado, mas só foram divulgados nesta quarta-feira (11). A pesquisa sobre concentração de renda no Brasil considera todas as fontes de renda da população, como salário, aposentadoria, pensão e programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/04/11/concentracao-renda-ibge.htm>. Acesso em 03/02/2019
Sobre a desigualdade social e de renda no Brasil, marque a opção falsa:
Gabarito comentado
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Gabarito: B
A questão aborda a desigualdade social e de renda no Brasil, utilizando dados concretos do IBGE para destacar a concentração de renda no país. Além disso, a questão pede que se identifique a alternativa falsa dentre as apresentadas, o que requer uma boa compreensão de conceitos econômicos e da realidade socioeconômica brasileira.
Para responder corretamente, é necessário entender alguns pontos chave:
1. Distribuição de Renda: A distribuição de renda no Brasil historicamente tem sido uma das mais desiguais do mundo, com uma significativa concentração de riquezas nas mãos de uma pequena parcela da população.
2. Tributação: Compreender o modelo de tributação é fundamental. No Brasil, o sistema tributário é considerado regressivo, ou seja, os impostos indiretos (como o ICMS sobre produtos e serviços) têm um peso maior do que os impostos diretos (como o Imposto de Renda), o que tende a aumentar a desigualdade.
3. Programas Sociais: Desde o início dos anos 2000, diversos programas sociais (Bolsa Família, Bolsa-Escola, etc.) foram implementados para melhorar a distribuição de renda e reduzir a pobreza.
4. Comparação Internacional: O Brasil é peculiar por ter uma alta carga tributária que, ao contrário de países como Reino Unido e Espanha, não resulta em uma baixa desigualdade de renda.
Agora, vamos analisar a alternativa correta:
Alternativa B: "O modelo de tributação no Brasil é considerado altamente progressivo e desconcentrador de renda, pois o peso dos tributos indiretos é muito maior do que o peso dos tributos diretos."
Esta alternativa é falsa, pois descreve incorretamente o sistema tributário brasileiro. No Brasil, o sistema tributário é regressivo, ou seja, os tributos indiretos (como ICMS, IPI) têm um peso maior do que os tributos diretos. Isso significa que pessoas com menor renda acabam pagando proporcionalmente mais impostos, o que aumenta a desigualdade, ao invés de reduzi-la. Um sistema tributário progressivo seria aquele em que os impostos diretos (como o Imposto de Renda) têm maior peso, o que não é o caso do Brasil.
Dessa forma, a alternativa B é a correta para ser marcada como falsa, pois contém um erro conceitual importante sobre a tributação no Brasil.
Se precisar de mais alguma ajuda ou tiver dúvidas sobre algum conceito, estou à disposição!
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