Assinale a frase que se mostra sem ambiguidade.
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Gabarito comentado
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Comentários
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a alternativa D também possui ambiguidade em "seu irmão", irmão de quem? de chico? meu?
Questão muito bem elaborada, pois aqui não se deve analisar a semântica apresentada pela frase, e sim a relação estrutural entre os termos. Veja que a relação de ambiguidade se dá pela utilização do pronome no lugar do sujeito.
A) João e Roberto gostam de esportes de salão, mas o esporte que ele prefere é o volibol.
- Note que temos um sujeito composto, assim, levando-se em consideração que o pronome reto "ele" exerce função substantiva de substituir um sujeito, percebe-se que a frase fica ambígua pelo fato do pronome reto se referir a mais de um sujeito.
B) Emília e Marta mudam brevemente; ela vai morar pertinho de mim.
- Temos o mesmo caso da assertiva anterior, o pronome do caso reto "ela" exercendo papel substantivo de substituir mais de um ser, gerando-se esta ambiguidade coesiva e semântica.
C) David e Filipe querem os dois participar da equipe de basquetebol, segundo um deles me disse.
- Novamente o pronome substituindo mais de um ser.
D) Houve uma briga entre Chico e seu irmão. A discussão entre eles foi violenta e os dois foram separados. Só na manhã seguinte ele se desculpou.
- Aqui temos o verbo "haver" no sentido de ocorrer que está sendo utilizado de forma impessoal, com isso em mente, veja que o verbo condiciona a frase um sentido de que existiu uma briga, mas não especifica quem causou ela. Desta forma, veja que a frase bastaria por si só se fosse reescrita: "houve uma briga".Mas, ao introduzir a preposição "entre", inseriu-se um complemento nominal -"houve uma briga entre Chico e seu irmão" (veja que "entre Chico" é o complemento nominal do substantivo "briga", e "seu irmão" é um adjunto adnominal de Chico). Veja que a função do adjunto adnominal na estrutura é apenas especificar que o irmão de Chico é que estava envolvido na briga, ou seja, possui valor ou papel adjetivo (serve para caracterizar ou especificar), por isso não exerce papel ou função substantiva (função nominal). Desta maneira, veja que o pronome "ele" ao mencionar que se desculpou só pode substituir um termo de função nominal, no caso, o Chico.
E) Por causa da chuva torrencial Carla chegou à recepcionista da dentista com mais de 30 minutos de atraso; é claro que ela não estava nada contente.
- Tanto Carla quanto a recepcionista estão exercendo papel ou função nominal. Quando lemos que "Carla chegou" - subentende-se que quem chega, chega a algum lugar. Por isso, ao mencionar que Carla chegou à recepcionista, não se tem o lugar onde se chegou, e sim a quem ela se "dirigiu". Dito isso, a expressão "à recepcionista" está sendo seguido de um adjunto adnominal que traz uma especificação, ou seja, a expressão "da dentista" exerce papel adjetivo qualificando o substantivo 'recepcionista' (que no caso é restringir qual é a recepcionista que está atendendo, recepcionando a Carla, qual seja, ser "a recepcionista da dentista"). Assim, já que temos dois termos de valores nominais, a qual termo que o pronome "ela" está substituindo?
Gabarito letra D.
Opa, Johny, seus comentários são sempre cirúrgicos e me salvam muito.
No entanto, dessa vez não concordo com sua resolução e vou tentar apresentar argumentos aqui:
1) A expressão "entre Chico e seu irmão" se apresenta como um complemento nominal. Veja que a preposição "entre" introduz o complemento e, semanticamente falando, ela só faz sentido se houver dois elementos de comparação, qual seja, nesse caso "Chico e seu irmão".
OBS: Talvez a banca fgv considerou que, por ter-se empregado um substantivo próprio - que pode dar maior importância ao contexto - o pronome "ele" está se referindo a "Chico". Embora, em parte, isso esteja correto, o que se está avaliando aqui não é nosso conhecimento de mundo (talvez em uma situação real nós possamos inferir que "ele" está se referindo a Chico, apesar da ambiguidade), e sim se há uma possível ambiguidade ou não. Nesse caso, há uma ambiguidade referencial entre "Chico" e "seu irmão" (a ambiguidade, na maioria da vezes é vencida em uma situação contextual, isto é, conseguimos inferir que que a frase quer dizer com nosso conhecimento de mundo. A própria fgv faz muitas questões de frases que apresentam ambiguidade formal, mas conseguimos desmistificá-las ao lermos friamente).
2) A letra C, da maneira que foi construída, não causa nenhum tipo de ambiguidade. Certo que não sabemos quem deles lhe disseram, mas, como eu disse: da maneira como foi construída - repare a presença do pronome indefinido "um", composta na expressão "um deles" - não importa quem disse, o que importa é que um deles disse e nós sabemos os possíveis destinatários.
Portanto, na minha humilde opinião, essa questão deveria ter seu gabarito alterado para letra C.
queria dizer uma coisa sobre a FGV mas nn quero tomar ban
Johny Braga, muito papo pouca música.
Essa daí não dá pra salvar, meu nobre.
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