Observe o seguinte desabafo do filósofo Nietzsche: “Ah, o ...
“Ah, o quanto me repugna impingir a outro meus pensamentos! Como me alegro de todo estado de ânimo e secreta mudança dentro de mim, em que os pensamentos de outros prevalecem diante dos meus! De vez em quando, porém, há uma festa ainda maior, quando é permitido distribuir seus bens espirituais, à maneira do confessor que se acha sentado no canto, ávido de que um necessitado venha e fale da miséria de seus pensamentos, para que ele possa lhe encher a mão e o coração e aliviar a alma inquieta!”.
Sobre a estrutura e os componentes desse texto, é correto afirmar que
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Letra D.
tô tentando entender até agora
O texto de fato retrata uma função da linguagem expressiva.
Esse tipo de linguagem tem como característica a subjetividade, exatamente porque é muito centrada no sujeito e em suas emoções, por isso há ,também, uma predominância das formas pronominais em primeira pessoa do singular (me, meus, mim).
ele ta falando no texto que gosta mais de ouvir o que os outros têm a dizer do que falar dos seus pensamentos pros outros. Logo, nenhuma alternativa vai por esse caminho, e acaba restando a letra D, que fala da estrutura do texto.
É subjetivo pois está na primeira pessoa (o escritor falando dele mesmo)
Vou traduzir o texto e as alternativas para quem não compreendeu:
Basicamente, o autor sente repulsa pela ideia de forçar alguém a pensar como ele. Assim, ele se alegra por dentro quando alguém o convence a pensar de outra forma. Porém, a maior felicidade é quando alguém vem até ele sedento, implorando por conhecimento, como o padre confessor, que fica aguardando o aflito para a confissão.
Assim, vejamos cada alternativa:
A o maior bem encontrado pelo autor do texto é descobrir a supremacia de outros pensamentos sobre os seus.
= Nesse caso, não pode ser a A, pois embora o autor se sinta bem ao deixar que outros pensamentos prevaleçam sobre os seus, este não é o MAIOR bem encontrado.
B a analogia entre o escritor e o confessor mostra a superioridade deste sobre aquele.
= na verdade a analogia evidencia equivalência. O escritor vive esperando alguém que busque seus pensamentos, "à maneira do confessor que se acha sentado no canto, ávido de que um necessitado venha."
C a “alma inquieta”, referida no final do segmento, é a do confessor, que se vê impossibilitado de ajudar o próximo.
= A alma inquieta é a do necessitado que busca alívio ao falar da miséria de seus pensamentos.
D a subjetividade do texto se materializa nas formas verbais e pronominais de primeira pessoa do singular
= CORRETA - “Ah, o quanto me repugna impingir a outro meus pensamentos! Como me alegro de todo estado de ânimo e secreta mudança dentro de mim, em que os pensamentos de outros prevalecem diante dos meus! - em seguida, o autor se coloca como um dos polos da semelhança com o confessor.
E a tarefa do escritor, segundo o texto, é a de distribuir seus pensamentos pelos leitores aflitos.
= não é a tarefa, apenas o que lhe traz maior felicidade, mais até do que rever suas convicções.
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