Denomina-se amnésia, de forma genérica, a perda da memória...
O indivíduo não consegue mais fixar elementos mnêmicos a partir do evento que lhe causou o dano cerebral. Ele não se lembra o que ocorreu nas semanas seguintes ao trauma cranioencefálico que sofrera.
O caso citado acima menciona um quadro de:
No DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição), os termos são definidos da seguinte forma:
Amnésia retrógrada: Refere-se à perda de memória para eventos que ocorreram antes de um evento traumático ou de outra forma estressante. A pessoa pode não se lembrar de eventos importantes ou de fatos anteriores ao evento desencadeador. Essa condição é comum em transtornos de estresse pós-traumático (TEPT) e em outras condições neuropsiquiátricas.
Amnésia anterógrada: Refere-se à incapacidade de formar novas memórias após um evento traumático ou outro incidente. A pessoa pode ter dificuldade em lembrar-se de eventos que ocorreram depois de um determinado ponto no tempo, enquanto a memória para eventos anteriores pode ser relativamente preservada. É frequentemente observada em lesões cerebrais traumáticas, certos tipos de demência e em alguns transtornos psiquiátricos.
Confabulações de embaraço: São relatos falsos ou distorcidos criados para preencher as lacunas na memória de uma pessoa, especialmente quando ela se sente constrangida ou incomodada por não se lembrar de algo. As confabulações de embaraço podem ocorrer em contextos de amnésia, demência ou outros distúrbios neuropsiquiátricos nos quais há comprometimento da memória ou da capacidade de julgamento.
Ilusões dissociativas: São distorções ou interpretações errôneas da realidade que ocorrem em estados dissociativos. Estes estados são caracterizados por uma desconexão ou ruptura na integração normal das funções de consciência, memória, identidade ou percepção. As ilusões dissociativas podem envolver a percepção equivocada de objetos, pessoas ou eventos, resultando em experiências perceptivas que não correspondem à realidade objetiva.
A alternativa correta para a questão apresentada é a B - Amnésia anterógrada.
Vamos entender por que essa é a alternativa correta e por que as outras são incorretas.
Amnésia anterógrada: É a incapacidade de formar novas memórias após o evento que causou o dano cerebral. No caso apresentado, o indivíduo não consegue fixar novos elementos mnêmicos a partir do evento que causou o trauma cranioencefálico. Isso significa que ele não consegue lembrar-se do que ocorreu nas semanas seguintes ao trauma, o que caracteriza claramente a amnésia anterógrada.
Amnésia retrógrada: Diferente da anterógrada, a amnésia retrógrada é a perda de memória dos eventos que ocorreram antes do trauma ou dano cerebral. Ou seja, a pessoa não consegue lembrar-se de acontecimentos que precedem o evento causador do trauma. No caso citado, o problema está em memorizar novos acontecimentos após o trauma, e não em recordar eventos anteriores, o que descarta esta alternativa.
Confabulações de embaraço: Este termo se refere a memórias falsas ou distorcidas que a pessoa acredita serem verdadeiras. As confabulações geralmente ocorrem em condições como a síndrome de Korsakoff. No entanto, a questão não menciona a criação de memórias falsas, mas sim a dificuldade em fixar novas memórias, o que não se enquadra na descrição de confabulações.
Ilusões dissociativas: São distorções ou mal-entendidos da realidade, frequentemente relacionadas a transtornos dissociativos, onde a percepção da realidade está alterada. Este conceito está mais relacionado a percepções errôneas do que a problemas de memória. A descrição da questão não menciona distorções da realidade, mas sim uma dificuldade específica em fixar novas memórias, o que exclui esta opção.
Portanto, após analisar as alternativas, podemos confirmar que a descrição do caso corresponde à amnésia anterógrada, justificando a escolha da alternativa B.
Conheça nossos planos