A parada cardiorrespiratória (PCR) ocorre de forma inespera...
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A alternativa correta é a Alternativa D.
A questão aborda a parada cardiorrespiratória (PCR), um evento crítico que pode ocorrer em diversos lugares e situa-se nas três fases principais: Fase Elétrica, Fase Circulatória ou Hemodinâmica e Fase Metabólica. Vamos detalhar cada uma delas para entender melhor as justificativas das alternativas.
Fase Elétrica:
Esta fase ocorre do momento da parada até cerca de 5 minutos após o evento. Durante este período, a desfibrilação é crucial para restabelecer o ritmo cardíaco. Portanto, a afirmação da Alternativa A está incorreta ao afirmar que a desfibrilação não deve ser feita.
Fase Circulatória ou Hemodinâmica:
Esta fase dura de 5 a aproximadamente 10 minutos após a parada cardíaca. Durante esse tempo, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é extremamente importante para manter a perfusão coronariana e cerebral. A Alternativa B está correta ao descrever a importância da RCP, mas erra no número de compressões por minuto, que deve ser de 100 a 120.
Alternativa C também trata da fase circulatória, mas sugere um protocolo (15 compressões para 2 ventilações) que não é universalmente aceito atualmente. Além disso, desfibrilar primeiro nesta fase não é a recomendação preferida, pois a prioridade é a RCP contínua.
Fase Metabólica:
Essa fase vai de 10 a 15 minutos após a PCR. Durante essa fase, a eficácia da desfibrilação e da RCP diminui significativamente. A hipótese de indução de hipotermia terapêutica, como descrita na Alternativa D, é um procedimento recomendado para proteger o cérebro e melhorar o prognóstico neurológico e a sobrevida do paciente. Esse procedimento deve ser iniciado até 6 horas após a PCR para maximizar os benefícios.
Portanto, a alternativa que descreve corretamente as fases da PCR e as intervenções adequadas em cada uma é a Alternativa D.
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Comentários
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1a fase – elétrica: ocorre nos primeiros 5 min após o início da PCR, período em que a terapia elétrica é o tratamento mais indicado. Cerca de 80 a 85% das PCR em adultos ocorrem em fibrilação ventricular (FV). Com o início imediato da RCP e a desfibrilação realizada em até 5 min, a taxa de sobrevida poderá ser de até 50%. Se revertida no 1o minuto, aumenta para 80%. Segundo o Ilcor, a cada minuto sem atendimento, há 10% de perda na chance de sobrevida. Considerando que somente a desfibrilação poderá reverter o ritmo de FV, a realização das compressões mantém esse ritmo por mais tempo, adia a evolução para assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP), fornece substratos e energia ao miocárdio, favorecendo a reanimação
•
2a fase – circulatória ou hemodinâmica: corresponde ao período de 5 a 10 min após a PCR; ocorre depleção da reserva energética e o coração não tem energia suficiente para manter a contração do músculo cardíaco
•
3a fase – metabólica: ocorre após cerca de 10 min da PCR; as manobras de RCP e desfibrilação, gradativamente, se tornam pouco efetivas.
REFERÊNCIA:
Urgências e emergências em enfermagem / Lucia Tobase, Edenir Aparecida Sartorelli Tomazini. – 1. ed. – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017.
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Evidências apontam que adultos que permanecerem comatosos no RCE após PCR no ritmo de TV/FV fora do ambiente hospitalar devem ser resfriados a 32°C a 36°C por 12 a 24 horas (Classe
de Recomendação I; Nível de Evidência B). A MTT pode beneficiar sobreviventes de PCR fora do hospital a partir
de outros ritmos, como assistolia ou AESP, ou PCR intrahospitalares (Classe de Recomendação IIb; Nível de
Evidência B). O tempo ideal da fase de manutenção é, atualmente, de 24 horas.
Contraindicações para a Modulação Terapêutica da Temperatura (MMT):
Incluem infecção sistêmica grave e coagulopatia preexistente. Terapia fibrinolítica não é contraindicação à
hipotermia induzida leve.
REFERÊNCIA
Pág. 48 do Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019
Divide-se a PCR em 3 fases: 1) fase elétrica, 2) fase circulatória e 3) fase metabólica.
A fase elétrica corresponde aos quatro primeiros minutos do colapso cardíaco, neste período a desfibrilação pode reverter o quadro e diminuir a chance das alterações metabólicas deletéricas.
A fase circulatória, com duração média de dez minutos, representa a privação máxima dos substratos necessários ao metabolismo normal. Caso não seja revertida, o paciente evoluirá para fase metabólica, representada por acidose e disfunção celular graves, com diminuta chance de reversão do ritmo de parada e com evolução subseqüente para assistolia e óbito.
- Referencia: ARTIGO: Reanimação cardiopulmonar apenas com compressão torácica vs. compressão torácica e ventilação
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