A rejeição do Terceiro Reinado no Brasil está intimamente l...

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Q3156463 História
A rejeição do Terceiro Reinado no Brasil está intimamente ligada à conjuntura política, econômica e social da época, que enfraqueceu a imagem da monarquia. Entre os fatores que contribuíram para esse cenário, destacam-se:
Alternativas

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Sobre a possibilidade de continuidade do regime monárquico após o Segundo Reinado do Brasil, vamos selecionar a alternativa correta.


A) Incorreta – O apoio ao abolicionismo não foi liderado pelas elites monárquicas. Pelo contrário, muitos setores da aristocracia rural, que compunham essa elite e dependiam do trabalho escravo, sentiram-se traídos com a abolição da escravidão em 1888.


B) Correta – A rejeição ao Terceiro Reinado se deu, em grande parte, pela ausência de uma liderança forte, comparável à de D. Pedro II. Isabel, embora herdeira legítima, não tinha o mesmo prestígio e capacidade de articulação política que seu pai, o que gerou desconfiança nas elites. A princesa enfrentava resistência de setores importantes, como o Exército e a aristocracia rural, que estavam descontentes com medidas progressistas, como a abolição da escravidão.


C) Incorreta – O Exército, especialmente os militares influenciados pelo positivismo, não resistia à criação de um sistema federalista. Pelo contrário, muitos defendiam esse modelo, acreditando que ele poderia modernizar o país e descentralizar o poder. Além disso, o descontentamento militar na época estava relacionado à falta de reconhecimento por parte da monarquia, especialmente após a Guerra do Paraguai, e ao desejo de maior influência política. O federalismo tornou-se um dos pilares da República, adotado oficialmente após a Proclamação em 1889.


D) Incorreta – A Igreja Católica não se opôs à sucessão de Isabel por questões de legitimidade. No entanto, houve tensões anteriores entre a monarquia e a Igreja, como no episódio da Questão Religiosa, em que o governo entrou em conflito com o clero por causa da interferência em decisões internas da Igreja. Contudo, isso não resultou em uma oposição direta da Igreja à figura de Isabel.


E) Incorreta – A ideia de reforma agrária não estava no centro das discussões políticas durante o final do Império. O descontentamento dos militares tinha mais a ver com questões relacionadas ao prestígio e às condições do Exército do que com políticas agrárias. Além disso, não havia uma proposta concreta de reforma agrária sob a monarquia que motivasse essa oposição.


Gabarito – Letra B


Indicação Bibliográfica:


Petrone, Maria Theresa Schorer. "As crises da Monarquia e o Movimento Republicano." Revista do Instituto de Estudos Brasileiros 16 (1975): 31-41.

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Comentários

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Gabarito: B

B- a ausência de uma figura de liderança forte, como D. Pedro II, na sucessão monárquica.

Com o enfraquecimento da monarquia no final do Segundo Reinado, não havia um sucessor que conseguisse manter o prestígio da coroa. D. Pedro II era uma figura respeitada, mas sua única herdeira, Princesa Isabel, não tinha o mesmo apoio, principalmente entre os militares e a elite agrária. O fato de ela ser mulher e casada com um estrangeiro (o Conde d’Eu) também gerava desconfiança. Sem uma liderança forte e carismática para sustentar a monarquia, o regime caiu em 1889, dando lugar à República.

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