No que diz respeito ao contexto econômico do Primeiro Reina...
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Gabarito comentado
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Sobre o contexto econômico do Primeiro Reinado (1822-1831), vamos selecionar a alternativa correta.
A) Correta – A economia do Primeiro Reinado enfrentou sérios desafios, e um dos principais foi a dívida contraída para pagar a indenização a Portugal pelo reconhecimento da independência. O Brasil teve que tomar um empréstimo junto à Inglaterra em 1824 para cumprir essa exigência, o que aumentou a dependência financeira do país e agravou os problemas fiscais do governo. Além disso, a economia brasileira ainda era baseada na agroexportação e não possuía mecanismos eficientes para equilibrar suas contas, resultando em um déficit crescente.
B) Incorreta – O governo de D. Pedro I, de fato, recorreu à emissão de papel-moeda sem lastro metálico para tentar cobrir os déficits financeiros, mas isso teve o efeito contrário ao mencionado nessa alternativa. A prática gerou inflação, pois a quantidade de moeda em circulação aumentou sem que houvesse reservas metálicas para garantir seu valor. Como consequência, houve desvalorização da moeda e perda de poder de compra da população, dificultando ainda mais a economia.
C) Incorreta – Na verdade, o açúcar brasileiro enfrentava concorrência das Antilhas, e o algodão teve uma queda na demanda com o fim da Guerra de Independência dos EUA. Além disso, o próprio custo da independência gerou instabilidade, afastando investimentos e dificultando a recuperação econômica. O aumento das importações e a falta de uma base industrial consolidada agravaram os problemas financeiros do país.
D) Incorreta – Embora a arrecadação de impostos sobre o comércio exterior fosse uma das principais fontes de receita do governo, esses tributos não foram suficientes para reduzir rapidamente a dívida externa. O Brasil permaneceu dependente da economia britânica e teve dificuldades para equilibrar suas contas. Além disso, o país ainda não possuía um ambiente favorável à industrialização, pois sua economia estava estruturada para a produção agroexportadora e a mão de obra escravizada limitava a formação de um mercado consumidor interno forte.
E) Incorreta – O governo central enfrentava grandes dificuldades para financiar suas despesas, pois as províncias frequentemente retinham tributos ou tinham baixa arrecadação. A falta de um sistema tributário eficiente fazia com que a arrecadação fosse irregular, e o governo frequentemente precisava recorrer a empréstimos e à emissão de moeda para cobrir seus gastos. Esse contexto contribuiu para o descontentamento de algumas províncias, levando a revoltas como a Confederação do Equador, que expressava insatisfação com a centralização política e a crise econômica.
Gabarito – Letra A
Indicação Bibliográfica:
Schwarcz, Lilia Moritz, and Heloisa Murgel Starling. Brasil: uma biografia: Com novo pós-escrito. Editora Companhia das Letras, 2015.
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Comentários
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Alternativa A – CORRETA
"A dívida externa brasileira aumentou significativamente devido ao empréstimo contraído junto à Inglaterra para pagar a indenização a Portugal pelo reconhecimento da independência."
✅ Essa alternativa está correta!
Após a independência do Brasil em 1822, Portugal só reconheceu oficialmente a separação em 1825. Para isso, exigiu uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas.
➡️ Como o Brasil não tinha recursos suficientes, D. Pedro I contraiu um empréstimo com a Inglaterra para pagar essa dívida. Esse fato aumentou consideravelmente a dívida externa do país, que se tornou dependente do capital britânico.
OBS.: Esse endividamento agravou a crise econômica do Primeiro Reinado, que já sofria com déficit nas contas públicas e desvalorização da moeda.
Alternativa correta letra A
- Lembrando que os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil, em 1824, seguindo a Doutrina Monroe, que defendia a não intervenção europeia nas Américas.
No entanto, para conseguir o reconhecimento de Portugal e da Inglaterra, D. Pedro I precisou pagar uma indenização a Portugal, o que levou o Brasil a contrair empréstimos com bancos ingleses, aumentando a dívida externa.
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