A conduta do cirurgião de cabeça e pescoço mais recomendada ...
Texto para as questões 41 e 42
Uma paciente com sessenta e cinco anos de idade, hígida, com boa condição física, é portadora de bócio de tireoide, medindo 4 cm × 4,5 cm, em um lobo da glândula e de outro nódulo menor, com 2 cm, no lobo contralateral, ambos com longa data de evolução. A paciente foi encaminhada ao consultório por especialista, para ouvir outra opinião. Tem PAAF dos bócios de benignidade: coloide e hiperplásico.A conduta do cirurgião de cabeça e pescoço mais recomendada para essa paciente é
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A alternativa correta é a A - realizar tireoidectomia total.
A questão aborda o manejo cirúrgico de nódulos tireoidianos. A paciente apresenta nódulos com características benignas ao exame de PAAF (Punção Aspirativa por Agulha Fina), mas o tamanho dos nódulos e a presença bilateral justificam a discussão sobre a melhor abordagem cirúrgica.
Justificativa para a alternativa correta:
Tireoidectomia total é a opção recomendada para pacientes com nódulos de tireoide que apresentem um risco potencial de complicações, como compressão das estruturas adjacentes ou transformação maligna, mesmo que os resultados da PAAF indiquem benignidade. Além disso, a tireoidectomia total reduz a probabilidade de recorrência e facilita o monitoramento de qualquer doença remanescente ou desenvolvimento de novos nódulos.
Análise das alternativas incorretas:
B - Tireoidectomia parcial do lado maior e nodulectomia no lobo menor: Essa abordagem poderia ser considerada insuficiente devido ao risco de crescimento ou transformação dos nódulos remanescentes, além de não tratar de forma abrangente a condição bilateral.
C - Tireoidectomia total do lado maior e subtotal do lado menor: Embora essa seja uma abordagem mais agressiva, ainda deixa tecido tireoidiano, o que pode possibilitar a recorrência dos nódulos.
D - Tireoidectomia subtotal bilateral: Esta abordagem foi tradicionalmente usada, mas a tireoidectomia total é hoje considerada mais eficaz para evitar recorrências e facilitar o acompanhamento de possíveis malignidades.
E - Observar clinicamente com supressão e realizar tireoidectomia total se houver aumento: Este método de acompanhamento é uma opção viável em casos de nódulos muito pequenos e claramente benignos sem risco aparente de malignidade ou complicações. No entanto, dado o tamanho dos nódulos e a idade da paciente, a cirurgia é preferível.
Em resumo, a tireoidectomia total é a escolha mais segura e eficiente para o manejo dessa paciente, considerando os riscos associados a nódulos tireoidianos significativos.
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Comentários
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A ALTERNATIVA CORRETA É: A - realizar tireoidectomia total.
ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:
- B - realizar tireoidectomia parcial do lado maior e nodulectomia no lobo menor: Embora esta abordagem seja conservadora, a paciente possui nódulos benignos, e a conduta geralmente preferida seria preservar a função tireoidiana com uma ressecção menos invasiva.
- C - realizar tireoidectomia total do lado maior e subtotal do lado menor: A realização de uma tireoidectomia parcial no lado menor não seria justificada se ambos os nódulos são benignos, pois o risco de ressecação excessiva não é indicado.
- D - realizar tireoidectomia subtotal bilateral: A tireoidectomia subtotal bilateral não é recomendada em um caso como este, onde a paciente tem nódulos benignos e a preservação da função tireoidiana é importante.
- E - observar os nódulos clinicamente com supressão. Caso aumentem de tamanho, deve ser realizada tireoidectomia total: A vigilância e a supressão podem ser alternativas, mas a decisão de realizar uma tireoidectomia total depende da evolução e características clínicas, o que não está totalmente indicado nesta situação.
EM RESUMO: A conduta correta é tireoidectomia total, já que a paciente possui nódulos benignos mas com histórico prolongado, e essa abordagem garante que não haja riscos de complicações futuras, além de ser uma prática comum para garantir a segurança e saúde tireoidiana.
PONTOS CHAVE:
- A tireoidectomia total é indicada para garantir a remoção completa da glândula tireoide em casos onde os nódulos são benignos, mas há possibilidade de evolução.
- PAAF negativa e ausência de sinais de malignidade, mas com nódulos persistentes, orienta para a remoção completa, minimizando riscos.
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