Considere os seguintes trechos da sinopse: Bom Dia ...
Para responder a questão, leia a o texto a seguir.
“Bom Dia”, de Yasujiro Ozu (1959)
Num tranquilo bairro da periferia de Tóquio, dois garotos, os irmãos Isamu e Minoru, pedem aos pais que comprem uma TV. Os pais se recusam, e em represália eles fazem uma greve de silêncio. Bom Dia é uma sátira encantadora da vida familiar suburbana do Japão dos primórdios da década de 1960. É perceptível a transição para a vida moderna, com seus novos aparatos tecnológicos (a TV e a máquina de lavar, por exemplo) e os novos costumes que se contrastam com a sociedade tradicional do Japão. Dirigido com graça e sensibilidade apurada, quase num estilo de contemplação zen, por Yasujiro Ozu, um dos grandes cineastas japoneses, Bom Dia expõe as mudanças impostas pela vida moderna: crianças impertinentes, que desafiam a autoridade do pai, mero trabalhador assalariado; filhas que não querem se casar, para não deixar solitário, o pai viúvo; a dificuldade de comunicação entre casais; o drama de aposentados e desempregados sem perspectiva de vida. Através de um humor sutil, quase no estilo de um Jaque Tati (em Mon Oncle), Ozu expõe, com graça e leveza, as contradições candentes de um Japão que se moderniza a largos passos no período histórico de ascensão do capital. Mais tarde, sob a crise estrutural do capitalismo no Japão, a graça e a leveza da crítica da modernidade no Japão, iriam dar lugar, por exemplo, à grosseria sinistra e contundente dos filmes de Takichii Miiki (vide Visitor Q).
(In: Sinopses de filmes. www.telacritica.org/letraB.htm. Acesso em 27/07/2017)
Bom Dia é uma sátira encantadora da vida familiar suburbana do Japão dos primórdios da década de 1960. É perceptível a transição para a vida moderna, com seus novos aparatos tecnológicos (a TV e a máquina de lavar, por exemplo) e os novos costumes que se contrastam com a sociedade tradicional do Japão. Ozu expõe, com graça e leveza, as contradições candentes de um Japão que se moderniza a largos passos no período histórico de ascensão do capital. Mais tarde, sob a crise estrutural do capitalismo no Japão, a graça e a leveza da crítica da modernidade no Japão, iriam dar lugar, por exemplo, à grosseria sinistra e contundente dos filmes de Takichii Miiki (vide Visitor Q).
A partir da leitura da sinopse e dos trechos considerados, é correto afirmar que seu autor relaciona