A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na...
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Ano: 2010
Banca:
FCC
Órgão:
TRF - 4ª REGIÃO
Provas:
FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Segurança e Transporte
|
FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Informática |
FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico de enfermagem |
FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Operação de Computador |
Q43600
Português
Texto associado
O nascimento da humanidade em jardins verdejantes
com árvores frutíferas faz parte da mitologia de muitas religiões.
Também inspirou grandes pintores, como o renascentista
Hieronymus Bosch, autor de Jardim do Éden. A maior
pesquisa já feita sobre a diversidade genética da África, berço
da espécie humana há 200.000 anos, muda esse cenário para
um amontoado de areia, pedras e arbustos. O estudo, realizado
pela Universidade da Pensilvânia, concluiu que o homem
moderno surgiu numa região que hoje se situa na fronteira entre
Angola e Namíbia, no sudoeste do continente africano. Nessa
área vivem os 100.000 integrantes do povo san, ainda hoje
formado por caçadores e coletores.
Nenhum povo africano tem uma variedade genética tão
grande quanto os sans, e foi justamente isso que levou os
pesquisadores a concluir que seus antepassados deram origem
à humanidade. Sabe-se que, quanto mais distante da África,
menor a diferenciação de genes das populações que hoje
habitam os quatro cantos do mundo. A explicação é simples. A
população original teve mais tempo para acumular variações em
seu genoma. Chama-se a isso "efeito fundador". As populações
mais distantes da África são descendentes de grupos
migratórios pequenos e relativamente recentes, o que se traduz
num conjunto genético mais homogêneo.
A pesquisa conclui que os antepassados dos sans se
espalharam pela África. Também calcula o ponto exato em que
um grupo deles - talvez um bando tribal com não mais que 150
integrantes - teria deixado a África, há 50.000 anos, cruzando o
Mar Vermelho em direção à Ásia, e daí ganhando o mundo. A
descoberta reforça a tese, consolidada nas últimas décadas
pelas pesquisas genéticas, de que a humanidade descende de
um pequeno grupo de "Evas" e "Adãos".
A conclusão de que os sans se espalharam pela África e
se tornaram nossos antepassados é reforçada pelo fato de
certas características da língua falada por eles estarem
presentes em diversas outras do leste da África, próximo de
onde o homem moderno deixou o continente. Uma pesquisa de
2003 concluiu que o idioma dos sans pode guardar a chave
para explicar a origem da própria linguagem humana. Por fim,
os pesquisadores descobriram que todos os africanos
descendem de catorze populações. Para obterem esse
resultado, eles compararam os padrões genéticos com a etnia,
a cultura e a língua dos povos pesquisados. Descobriram fortes
relações entre os traços genéticos e a cultura de cada povo,
com poucas exceções. O estudo foi festejado como peça-chave
para a compreensão da origem da humanidade, das migrações
que povoaram o planeta e das adaptações do homem ao meio.
(Leandro Beguoci. Veja, 13 de maio de 2009, pp. 110-111, com
adaptações)
com árvores frutíferas faz parte da mitologia de muitas religiões.
Também inspirou grandes pintores, como o renascentista
Hieronymus Bosch, autor de Jardim do Éden. A maior
pesquisa já feita sobre a diversidade genética da África, berço
da espécie humana há 200.000 anos, muda esse cenário para
um amontoado de areia, pedras e arbustos. O estudo, realizado
pela Universidade da Pensilvânia, concluiu que o homem
moderno surgiu numa região que hoje se situa na fronteira entre
Angola e Namíbia, no sudoeste do continente africano. Nessa
área vivem os 100.000 integrantes do povo san, ainda hoje
formado por caçadores e coletores.
Nenhum povo africano tem uma variedade genética tão
grande quanto os sans, e foi justamente isso que levou os
pesquisadores a concluir que seus antepassados deram origem
à humanidade. Sabe-se que, quanto mais distante da África,
menor a diferenciação de genes das populações que hoje
habitam os quatro cantos do mundo. A explicação é simples. A
população original teve mais tempo para acumular variações em
seu genoma. Chama-se a isso "efeito fundador". As populações
mais distantes da África são descendentes de grupos
migratórios pequenos e relativamente recentes, o que se traduz
num conjunto genético mais homogêneo.
A pesquisa conclui que os antepassados dos sans se
espalharam pela África. Também calcula o ponto exato em que
um grupo deles - talvez um bando tribal com não mais que 150
integrantes - teria deixado a África, há 50.000 anos, cruzando o
Mar Vermelho em direção à Ásia, e daí ganhando o mundo. A
descoberta reforça a tese, consolidada nas últimas décadas
pelas pesquisas genéticas, de que a humanidade descende de
um pequeno grupo de "Evas" e "Adãos".
A conclusão de que os sans se espalharam pela África e
se tornaram nossos antepassados é reforçada pelo fato de
certas características da língua falada por eles estarem
presentes em diversas outras do leste da África, próximo de
onde o homem moderno deixou o continente. Uma pesquisa de
2003 concluiu que o idioma dos sans pode guardar a chave
para explicar a origem da própria linguagem humana. Por fim,
os pesquisadores descobriram que todos os africanos
descendem de catorze populações. Para obterem esse
resultado, eles compararam os padrões genéticos com a etnia,
a cultura e a língua dos povos pesquisados. Descobriram fortes
relações entre os traços genéticos e a cultura de cada povo,
com poucas exceções. O estudo foi festejado como peça-chave
para a compreensão da origem da humanidade, das migrações
que povoaram o planeta e das adaptações do homem ao meio.
(Leandro Beguoci. Veja, 13 de maio de 2009, pp. 110-111, com
adaptações)
A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase: