Os estoques de café, que se avolumam ano a ano, pesam sobre ...

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Q40318 História e Geografia de Estados e Municípios
Os estoques de café, que se avolumam ano a ano, pesam sobre os preços, provocando uma perda permanente de renda para os produtores e para o país. A ideia de retirar do mercado parte desses estoques amadurece cedo no espírito dos dirigentes dos estados cafeeiros, cujo poder político e financeiro fora amplamente acrescido pela descentralização republicana. No convênio celebrado em Taubaté, em fevereiro de 1906, definem-se as bases do que se chamaria política de valorização do produto.

(Celso Furtado. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Nacional, 1969, p. 189) A política a que o texto se refere consistia em que

I. os efeitos da crise de superprodução deveriam ser absorvidos por meio da depreciação externa da moeda nacional e de uma política de recuperação da taxa cambial pelos governos estaduais.

II. o governo interviria no mercado para comprar os excedentes, que seriam financiados com empréstimos estrangeiros, cobertos com um novo imposto cobrado em ouro sobre cada saca de café exportada.

III. os governos dos estados cafeicultores deveriam desencorajar a expansão das plantações de café, a fim de solucionar o problema de superprodução a mais longo prazo.

IV. os governos dos estados produtores de café ficariam submetidos à política econômica central que criaria instrumentos efetivos de recuperação do produto no mercado externo.

Está correto o que se afirma SOMENTE em
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Com o “crash” da Bolsa de Nova York, as grandes potências mundiais caíram de joelhos. A Grande Depressão paralisou a economia do Ocidente.
Consequentemente, essa grande onda atingiu o Brasil, onde também as perdas foram enormes, quase levando o País à falência.
Por extensão, o café que antes desse acontecimento já vinha sofrendo perdas financeiras, era a grande fonte geradora monetária da Cidade de Santos, sofreu muito com depressão.
A Bolsa do Café de Santos, um belíssimo prédio, onde eram feitos pregões, registrava a tragédia em cifras: em agosto de 1929, dois meses antes da implosão da bolsa nova-iorquina, a saca do café estava cotada no mercado internacional em 200 mil-réis, em janeiro de 1930 desabara para 21 mil-réis. – A praça de Santos, o maior centro brasileiro de atividades comerciais ficou virtualmente em moratória.
Sem preços, o Brasil, que possuía 60% do mercado internacional do café, não podia exportar o produto, e acumulava grandes estoques (o que comprometeu os preços), nos diversos armazéns gerais da Cidade. Um deles era onde hoje fica o Poupa Tempo, na Rua João Pessoa.
Os reflexos apareceram em pouco tempo. Os salários perderam o poder de compra, chegou o desemprego. Com um quadro desses como a Nação iria pagar 250 milhões de libras esterlinas?
A solução encontrada pelo Governo de Getulio Vargas foi a compra de 18 milhões de sacas de café estocadas em Santos e no interior. O intuito foi o de queimar grande parte delas.
Essa drástica atitude revigorou os preços e normalizou a situação dos fazendeiros, comissários de café e por extensão todos os setores da economia, os empregos voltaram, e as pessoas passaram a ter algum dinheiro para comprar o que precisassem. Só que nessa nova sensação, surgiu um imprevisto: não havia o que comprar. Vale antes dizer que sem exportações e financiamento externo, o Governo emitiu muito dinheiro, o que provocou uma grande inflação.
Como não tínhamos o que comprar, era preciso produzir aqui o que antes se importava. O Governo desvalorizou o mil-réis tornando os artigos estrangeiros proibitivos e por necessidade a indústria brasileira foi se encorpando. Assim a maioria dos produtos que vinham de fora passou a ser fabricados no País. Isso abriu caminho até o término da recessão, em 1932

FONTE:
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=18047

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