Qual a posição de Lacan a propósito da injunção para “amar ...

A alternativa D está correta.

Para entender por que essa é a resposta correta, precisamos considerar as posições de Jacques Lacan, um influente psicanalista francês, em relação ao mandamento "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Lacan aborda esse mandamento com uma certa dose de ceticismo, destacando a "impossibilidade de responder a este tipo de desafio em primeira pessoa". Ele observa que ninguém realmente espera que alguém possa verdadeiramente amar seu vizinho como a si mesmo, e que a fragilidade dessa fórmula é evidente.

Analisando a alternativa D, percebemos que ela reflete precisamente o ponto de vista de Lacan. Ele critica a formulação como algo inalcançável, sublinhando a dificuldade intrínseca de se aplicar tal mandamento de maneira autêntica e efetiva.

Agora, vamos verificar por que as outras alternativas estão incorretas:

Alternativa A: Afirma que este mandamento seria o princípio maior que possibilita o amor a Deus sobre todas as coisas. Lacan não associa esse mandamento a uma facilitação do amor divino, mas sim o vê com um tom crítico e cético.

Alternativa B: Sugere que o mandamento é o maior princípio moral a ser perseguido e que sua realização levaria a uma genericidade orgânica e multimodal. Lacan, entretanto, não vê este princípio como algo concretamente atingível ou como um grande ideal moral que levaria a tal transformação.

Alternativa C: Refere-se ao amor como uma força divina e associa conceitos de Eros e Thanatos, além de Anima e Animus. Esses conceitos se relacionam mais com a teoria junguiana do que com as ideias de Lacan, que não considera o amor ao próximo nesses termos espirituais ou como uma força universal.

Em suma, Lacan critica a aplicabilidade prática do mandamento de amar ao próximo como a si mesmo, destacando suas limitações e a distância entre intenção e prática, o que é capturado pela alternativa D.

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