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As rosas não falam
Bate outra vez com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão, enfim
Volto ao jardim na certeza de que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim
Queixo-me às rosas mas que bobagem as rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti, ai
Devias vir para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhar os meus sonhos, por fim
(CARTOLA. In: Fagner – dez anos. LP Opus nº 412 066, 1984. L. 1, f. 4.)
As orações destacadas classificam-se, respectivamente, como
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Meu Deus
Volto ao jardim na certeza de que devo chorar - a oração completa o nome "certeza", que é um substantivo que exige um complemento. "ah, mas por que não é objetiva indireta?" não é objetiva indireta, pois se fosse completaria um verbo transitivo indireto e certeza não é verbo, é nome. Por isso, é completiva nominal porque o termo "certeza" pede um complemento, certeza de quê? de que devo chorar.
Queixo-me às rosas mas que bobagem as rosas não falam - trocando o "mas" por "porém" fica mais claro na nossa mente, porque o "mas" pode ser aditivo o adversativo, se você fizer o teste ficará mais fácil de observar:
"Queixo-me às rosas porém que bobagem as rosas não falam": eu to me queixando MAS/PORÉM não adianta = o conectivo trás um sentido de oposição as orações
Simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti - "que roubam de ti" caracteriza "o perfume", restringindo seu significado.
Portanto:::
"De que devo chorar" = subordinada substantiva completiva nominal.
"Mas que bobagem as rosas não falam" = coordenada sindética adversativa.
"Que roubam de ti" = subordinada adjetiva restritiva.
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Bons estudos.
Mateus 11:28.
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