O texto refuta a tese de que
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Com base no mesmo assunto
Ano: 2022
Banca:
CEFET-MG
Órgão:
CEFET-MG
Provas:
CEFET-MG - 2022 - CEFET-MG - Bibliotecário
|
CEFET-MG - 2022 - CEFET-MG - Enfermeiro |
Q1960738
Português
Texto associado
A questão refere-se ao texto a seguir.
O que pode um funk?
Ivana Bentes
[...] Retomando essa figura meio arquetípica do Brasil, o funk
feminino de Anitta incorporou as questões de gênero conjugando a
malandragem com um feminino plural.
Vai, Malandra, o clipe, traz verdadeiros memes visuais,
culturais e musicais que valem por um tratado sociológico. Ainda não
se escreveu, e faz falta, um tratado sobre os corpos pensantes das
mulheres, para além do imaginário em torno da bunda, da raba, do
bumbum, do traseiro da mulher brasileira, que virou um disparador de
questões sensações! O corpo sexualizado na era da sua ressignificação
pelas próprias mulheres!
Um corpo que o funk, o samba, o biquíni de fita isolante, toda
a cultura solar carioca já vem dizendo, tem tempo, que não precisa ser
apenas objeto e signo de assujeitamento, toda vez que quiser se exibir.
A bunda (e o corpo das mulheres) pode se deslocar da
objetificação para a subjetivação! A bunda viva de Anitta com sua
celulite sem photoshop é sujeito e não objeto. Se as mulheres fazem o
que quiserem com seus corpos (a Marcha das Vadias explicou isso para
a classe média), elas podem inclusive se “autoexplorarem”, ensina o
funk. A bunda ostentação de Anitta no início do clipe já aponta para
esse outro feminismo (de mulheres brancas, apenas? Acho que não!).
BENTES, Ivana. O que pode um funk? Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/anittavai-malandra-ivana-bentes/. Acesso em 28 abr. 2022.
O texto refuta a tese de que