Existem reações que causam um efeito qualitativamente difer...

Alternativa correta: E - Apenas as afirmativas I e III estão corretas

Tema central da questão: A questão aborda o tema de farmacovigilância, especificamente relacionado aos tipos de reações adversas aos medicamentos. Para responder corretamente, é importante entender os diferentes tipos de reações, como reações idiossincráticas, reações adversas, e efeitos colaterais.

Justificativa da alternativa correta:

I. Reações idiossincráticas: São reações imprevisíveis e não relacionadas à dose administrada, frequentemente devido a fatores genéticos ou imunológicos. O exemplo do cloranfenicol causando anemia aplástica encaixa-se perfeitamente aqui, pois é uma reação rara e grave. Portanto, esta afirmativa está correta.

III. Reações idiossincráticas: A hipertermia maligna é uma reação metabólica rara e potencialmente fatal a certos fármacos, incluindo anestésicos. Isso está de acordo com a definição de reações idiossincráticas, tornando esta afirmativa correta também.

Análise das alternativas incorretas:

II. Reações adversas: As reações adversas são efeitos indesejáveis que ocorrem em doses normais de uso. Enquanto as estatinas podem causar mialgia e distúrbios gastrintestinais, elas não se encaixam na descrição de reações qualitativamente diferentes e frequentemente fatais, como mencionado no enunciado. Portanto, essa afirmativa não está correta.

IV. Efeito colateral: Efeitos colaterais são efeitos secundários previsíveis de um medicamento. A toxicidade do paracetamol, especialmente em doses elevadas, é uma consequência direta de sua ingestão excessiva, mas não se encaixa na definição de efeito qualitativamente diferente ou idiossincrático como no enunciado. Assim, esta afirmativa está incorreta.

Estratégia para interpretação: Ao abordar questões como essa, é útil entender as definições precisas de cada termo farmacológico e relacioná-los claramente ao enunciado. Focar em palavras-chave no enunciado, como "qualitativamente diferente" e "nocivo", pode ajudar na identificação das reações corretas.

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A hipertermia maligna esta associado ao uso de anestésicos mas não ao uso de anti-psicóticos. O que esta associado ao uso de anti-psicóticos é A SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA. Acho que a banca confundiu os assuntos.

Hipertermia maligna é uma doença muscular , latente, potencialmente grave, de herança  dominante, caracterizada por resposta hipermetabólica após exposição a  inalatório, tais como halotano, isoflurano ou exposição a um determinado relaxante muscular de nome succinilcolina.

A Sindrome neuroléptica maligna é uma emergência neurológica com risco de vida associada ao uso de agentes antipsicóticos (neurolépticos) e caracterizada pela tétrade clínica: alteração do estado mental, rigidez, febre e disautonomia. A mortalidade resulta diretamente das manifestações disautonômicas da doença e de complicações sistêmicas. O SNM é frequentemente observado com agentes antipsicóticos de primeira geração de alta potência (por exemplo, haloperidol), no entanto, todas as classes de medicamentos antipsicóticos foram implicadas, incluindo os antipsicóticos de baixa potência (por exemplo, clorpromazina) e antipsicóticos de segunda geração (por exemplo, clozapina , risperidona , olanzapina), bem como medicamentos antieméticos (por exemplo, metoclopramida e prometazina). 

Ambas são de caráter de idiossincrasia. Tipo B.

Acredito que II se trata de um efeito secundário às estatinas. IV é uma reação adversa ao paracetamol.

Basta entender que a questão se refere a RAMs do tipo B (bizarras, qualitativamente inesperadas e fatais). Portanto, apenas I e III trazem exemplos desse tipo de RAM.

Reações adversas tipo B: são imprevisíveis, não estão relacionadas com o mecanismo de ação e nem com a dose. Possuem baixa frequência e alta mortalidade. Como o ajuste de dose não é capaz de reduzir o efeito, o manejo clínico adequado é a suspensão do medicamento. São exemplos: intolerância, hipersensibilidade alérgica e reações idiossincráticas (reações nocivas que ocorrem em uma minoria de pacientes em função da predisposição genética).